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– 18-04-2013 |
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Tomate torna-se s�mbolo do aumento dos alimentos e da infla��o no Brasil
O tomate tornou-se o s�mbolo da subida dos pre�os dos alimentos no Brasil nos �ltimos meses, um dos motivos que levaram ao crescimento da infla��o no país, divulgou a revista Veja, na sua edição desta semana. A reportagem principal da revista brasileira, que tem como t�tulo �Infla��o – Dilma pisou no tomate�, surge na sequ�ncia de várias notícias em orgãos de comunica��o locais e Também internacionais sobre o aumento dos alimentos e da infla��o no Brasil. De acordo com a revista, os fiscais brasileiros da cidade de Foz do Igua�u, no Paran�, na fronteira com a Argentina e o Paraguai, tiveram trabalho redobrado nos �ltimos dias para combater o contrabando de tomate para o Brasil. O tomate chega a custar o dobro no Brasil em rela��o aos países vizinhos e liderou a alta dos pre�os dos alimentos nos supermercados brasileiros nos primeiros tr�s meses do ano, com um aumento m�dio de 60%. Em rela��o a igual período do ano passado, o aumento passou de 120% e o quilograma do tomate chegou aos 10 reais (3,8 euros). Na Internet, o alimento passou a ser alvo de piadas, sendo comparado a j�ias e a obras de arte, mas a revista refere que não tem muita gra�a, pois significa o retorno da infla��o ao país. De acordo com os n�meros do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) – do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatésticas (IBGE) – divulgados na semana passada, a infla��o cresceu 6,59% nos doze meses encerrados em Março, ultrapassando a meta inflacion�ria estabelecida pelo Governo brasileiro. A meta estabelecida pelo Governo era de 4,5%, com uma toler�ncia até os 6,5%. Segundo a Veja, depois de muito tempo adormecido, o termo infla��o voltou a ser citado pelos brasileiros. Uma parte desta alta da infla��o deve-se � subida nos pre�os dos alimentos, depois de uma combina��o de chuvas em demasia e secas em algumas zonas do país, levando � diminui��o da oferta de vegetais para a popula��o. A seca na regi�o nordeste do Brasil fez diminuir a produ��o de mandioca e o pre�o da sua farinha aumentou 151% no �ltimo ano. A publicação brasileira afirma que, desde o in�cio do mandato da Presidente Dilma Rousseff, a infla��o não esteve em nenhum momento abaixo do centro da meta, de 4,5%, e não se pode, portanto, atribuir o aumento de pre�os a factores circunstanciais e transit�rios. Em menos de dois anos, � a segunda vez que a infla��o ultrapassa o limite de toler�ncia estabelecido pelo Governo. �Por ter feito dos juros baixos uma bandeira pol�tico-eleitoral, o Governo recusa-se a ver a realidade e insiste em segurar os pre�os por mecanismos que nunca funcionaram em nenhum tempo ou lugar � pelo menos sob o regime democr�tico�, sublinha a publicação. �Em vez de combater a infla��o com as maneiras tradicionais e eficazes, pela conten��o dos gastos públicos, aumento na taxa b�sica de juros e restri��o ao cr�dito, o Governo recorre, cada vez mais, a paliativos transit�rios�, refere a revista. �A inefic�cia total da pol�tica de paliativos tem ficado escancarada, Também no caso brasileiro (referindo-se �s economias da Argentina e do Brasil)�, acrescenta. A divulga��o dos dados que indicam o aumento da infla��o, de acordo com a publicação, come�ou a preocupar o Governo e Também os partidos aliados ao Governo da Presidente Dilma Rousseff. Na sua reportagem, de oito p�ginas, a revista divulga a opini�o de v�rios especialistas e chega mesmo a fazer uma compara��o entre as medidas governamentais tomadas pela Presidente brasileira e a antiga primeira-ministra brit�nica, j� falecida, Margareth Thatcher. Das medidas apontadas, sobressai a questáo da criação de empresas estatais: Dilma Rousseff criou quatro estatais e Margareth Thatcher privatizou cinquenta estatais durante o seu mandato. Outra diferen�a referida � a de a Presidente brasileira tentar apagar focos inflacion�rios com medidas pontuais, enquanto a antiga primeira-ministra brit�nica cortou os gastos do Governo e subiu os juros. Fonte: Lusa
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