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– 21-04-2013 |
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Capital do mirtilo quer jovens agricultores em terrenos abandonados
Entre as serras de Sever do Vouga, distrito de Aveiro, cultiva-se um arbusto de popularidade crescente que se espera que acabe com "os terrenos sem gente e a gente sem terra." A ideia partiu de várias associa��es de agricultores locais em articula��o com a autarquia severense, decidida a rejuvenescer o concelho ao cativar jovens agricultores para a plantação do mirtilo, através da criação de uma "bolsa de terras." "Este conceito, no fundo, consiste em aproveitar terras que estáo abandonadas, dando-lhes um destino para quem tem interesse em explorar a agricultura e torn�-la um neg�cio", disse � Lusa Jos� Martino, engenheiro agr�nomo respons�vel por este canal de entendimento entre potenciais agricultores e propriet�rios de terrenos abandonados. O microclima de Sever do Vouga � particularmente prop�cio ao cultivo daquelas bagas silvestres, algo que foi estudado e confirmado "h� cerca de 20 anos, quando uma funda��o holandesa decidiu, na sequ�ncia de um apoio que prestava � companhia leiteira local, fazer experi�ncias com a plantação de mirtilos e outros pequenos frutos", explicou � Lusa o autarca Manuel Soares. "A agricultura de subsist�ncia, e sobretudo a cultura intensiva de milho, não dava qualquer rendimento aos agricultores", recordou o presidente da C�mara, referindo que "come�ou a verificar-se que o mirtilo era uma boa fonte de rendimento para as fam�lias", apesar de acontecer num concelho "sobretudo de minif�ndio, ao socalco e em terras de pequena dimensão." "A verdade � que muita gente come�ou a viver da cultura do mirtilo", constata Manuel Soares, pelo que participou da funda��o da Associa��o para a Gestáo, Inovação e Moderniza��o de Sever do Vouga (AGIM), com t�cnicos que prestam apoio aos jovens agricultores e �queles que pretendam fazer a plantação do mirtilo, nas "condi��es t�cnicas adequadas" e eleg�veis para eventuais candidaturas aos fundos europeus do ProDeR. "Isto come�ou a ter muito sucesso — h� muitos produtores em Sever do Vouga e em toda a regi�o — e pens�mos que para aqueles jovens agricultores que hoje estáo a regressar �s terras mas não t�m terrenos, seria bom fazer um protocolo com a Funda��o Bernardo Barbosa de Quadros [propriet�ria dos cerca de 45 hectares de terreno disponível.] e a AGIM", explicou o presidente da C�mara. Segundo o engenheiro agr�nomo Jos� Martino, "o trabalho da AGIM � recolher os contactos de quem está interessado, mostrar as terras e ajudar a definir os investimentos necess�rios", de modo a obter "uma plantação de mirtilos bem instalada e que possa ter uma alta produtividade e com alta qualidade, como � o timbre de Sever do Vouga." Jos� Martino � Também subscritor de "uma peti��o na internet por uma bolsa de terras pública", pelo que considera a experi�ncia de Sever do Vouga "uma esp�cie de tubo de ensaio" sobre o que entende que deve ser "uma bolsa de terras nacional", que j� aguarda uma legisla��o complementar sobre o seu funcionamento. O engenheiro agr�nomo sublinha que "esta bolsa de terras s� funciona enquanto houver terra", que � atribu�da "por ordem de prioridade" da chegada das candidaturas e que cessa até que apare�am novos terrenos. Ainda que cultivado na autoproclamada Capital do Mirtilo, este fruto silvestre azulado "não era conhecido em Portugal até aqueles holandeses aparecerem", considerou o autarca Manuel Soares, pelo que "inicialmente, e ainda até h� poucos anos, praticamente todo o fruto era exportado para Fran�a, B�lgica e a Holanda." S� com a realiza��o da Feira do Mirtilo � que o fruto "come�ou a ser conhecido" em Portugal e de acordo com o edil severense "hoje h� j� uma grande procura deste pequeno bago, sobretudo pela curiosidade cient�fica de muita gente ligada � medicina, por for�a de o fruto ser considerado o rei dos antioxidantes", mas Também pela "grande variedade de pratos culin�rios que se fazem com o mirtilo." O lan�amento e a apresentação da bolsa de terras de Sever do Vouga acontecem a 24 de abril na sede da AGIM, perto do centro do concelho, onde será explicado o seu funcionamento e apresentado um programa de neg�cios para a produ��o e rentabilidade do mirtilo. Fonte: Lusa
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