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– 05-07-2013 |
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Sector do bacalhau alerta para aumento de pre�os por introdu��o de qu�micos
O secret�rio-geral da Associa��o dos Industriais do Bacalhau (AIB), Paulo M�nica, afirmou que a aprova��o do uso de polifosfatos e outros qu�micos no bacalhau pode levar a um aumento de pre�os daquele peixe. Em comunicado divulgado ontem, o eurodeputado do Partido Socialista (PS) Capoulas Santos lamentou que Portugal tenha votado a favor da introdu��o de polifosfatos no bacalhau, numa vota��o que teve lugar na segunda-feira no ambito do Comit� Permanente para a Cadeia Alimentar e de Saúde Animal da União Europeia, que contou com a oposi��o de Fran�a e do mais recente membro da União Europeia, a Cro�cia. Segundo Paulo M�nica, a função dos polifosfatos � reter a humidade dentro dos produtos, o que faz com que se impe�a que "a �gua saia do bacalhau" e que a cura do peixe, modo tradicional de secagem em Portugal, demore duas a tr�s vezes mais do que o normal, tendo um efeito imediato que � o do "agravamento dos custos com a secagem". Paulo M�nica lembra que as preocupa��es da ind�stria foram comunicadas em devido tempo ao Governo e sublinha que vai conduzir a um "incremento brutal do tempo de secagem e de custos com energia, e mesmo com m�o-de-obra", o que se pode repercutir junto do consumidor final e ter um impacto no sector, no qual os produtores estrangeiros v�o ficar "com caminho livre para ditarem os pre�os e levarem � fal�ncia a ind�stria portuguesa". Para além das consequ�ncias em termos de custos, o secret�rio-geral da AIB salienta que a introdu��o destes qu�micos no bacalhau vai modificar a textura do mesmo, a cor e até o sabor. "A cura não se desenvolve de forma a permitir que o produto final tenha as lascas t�o evidentes", explicou o dirigente da AIB. Num comunicado adicional da AIB, a associa��o refere que "o Governo portugu�s cedeu em toda a linha e não quis defender a posi��o inicial de total oposi��o � adi��o de qu�micos ao bacalhau destinado � cura tradicional portuguesa". Capoulas Santos "considera incompreens�vel o aval do Governo portugu�s ao uso de polifosfatos que, segundo argumentam os países interessados [Noruega, Isl�ndia e Dinamarca], permite uma melhor conserva��o do peixe", mas que, segundo o mesmo, "tudo parece indicar que coloca em causa as caracterásticas do bacalhau tradicional" tal como os consumidores o conhecem hoje. Na p�gina do grupo parlamentar do Partido Social Democrata (PSD), um texto datado de 09 de Janeiro deste ano referia, em t�tulo, que aquela estrutura "reprova a introdu��o de polifosfatos no bacalhau". Na altura, o deputado H�lder Sousa Silva disse, citado pela p�gina do grupo parlamentar do PSD, que "a introdu��o de polifosfatos no peixe salgado fresco dificulta a matura��o do `Bacalhau Portugu�s`, alterando as suas caracterásticas organol�ticas espec�ficas e aumenta os custos energ�ticos do processo de secagem do peixe". "Face aos dados t�cnicos que dispomos, o grupo parlamentar do PSD, reprova em toda a linha, a introdu��o de polifosfatos no bacalhau que � importado salgado fresco, para ser transformado em Portugal", acrescentou H�lder Sousa Silva. A Lusa questionou o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, mas não obteve resposta em tempo �til. A 07 de Março, a eurodeputada Maria do C�u Patrão Neves (PSD) anunciou que a Comissão Europeia iria assegurar uma medida excepcional para a rotulagem do bacalhau fresco que tenha como destino o mercado portugu�s, informando sobre a presença de aditivos qu�micos (polifosfatos). Ao mesmo tempo, o bacalhau que não apresente quaisquer aditivos terá que ser rotulado como tal pela Noruega e Isl�ndia, países que pretendem utilizar qu�micos no peixe. Fonte: Lusa
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