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– 29-07-2013 |
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Novo rombo agrava saliniza��o do Baixo Vouga lagunar
Um novo rombo nos muros de protec��o está a agravar a saliniza��o dos campos do Baixo Vouga e a amea�ar o equil�brio ecol�gico, atribuído � amplitude das mar�s, provocada pelas obras portu�rias, disse fonte aut�rquica. No lugar denominado de "Cachais" ou "�guas Largas", na conflu�ncia dos esteiros de Canelas e Sareu, a "mota" (designa��o dada aos muros feitos de torr�o) cedeu no final da outra semana � pressão da �gua salgada, que inunda j� 100 hectares de terrenos marginais, e a interven��o de emerg�ncia feita pela C�mara de Estarreja não foi suficiente. A �gua voltou a abrir novos rombos e na passada sexta-feira, por conta da autarquia, tractores t�m estado a depositar pedra para repor a protec��o e o caminho agr�cola, numa zona de dif�cil acesso, o que obriga a utilizar atrelados de pequeno porte, fazendo demorar e encarecer a repara��o. O presidente da C�mara, Jos� Eduardo Matos, deslocou-se ao local, tendo afirmado aos jornalistas que o Governo tem de agir para conter o fen�meno, dado que a �gua salgada j� está muito pr�xima da linha f�rrea, a "última barreira" até perigar pessoas e bens. "A C�mara não pode continuar a ser o bombeiro do Baixo Vouga", disse Jos� Eduardo Matos, salientando que a autarquia nem sequer tem jurisdi��o sobre a área e, apesar do momento de mudan�a, com uma nova org�nica do Governo e mudan�as na Agência Portuguesa de Ambiente, "o momento � cr�tico". Jos� Eduardo Matos reconhece que as inunda��es no Baixo Vouga lagunar não são de agora, mas garante que "nos �ltimos 12 anos não aconteceu nada do g�nero, em que passado o inverno � preciso estar permanentemente a fazer repara��es e desde Abril foram j� várias as interven��es. "A C�mara de Estarreja não pode permanentemente andar aqui a fazer este trabalho e a resolver problemas, uns atr�s dos outros. Estamos a falar de muito dinheiro que aqui estamos a colocar, cerca de 100 mil euros no total, e ainda está por receber o anterior. Cabe ao governo tomar conta da questáo e resolver este problema", afirmou. O autarca diz que h� um fen�meno novo, que coincide com as obras de prolongamento do molhe norte, na barra do Porto de Aveiro: "qualquer obra que se fa�a tem sempre implica��es na Ria. não � dizer isto por alarmismo, mas ver o que os factos mostram. A evolu��o do prisma de mar� no �ltimo s�culo demonstra perfeitamente que cada obra no Porto de Aveiro tem claras implica��es aqui". Jos� Eduardo Matos lamenta que o estudo de impacte ambiental exigido para o prolongamento do molhe tenha sido limitado � área adjacente e não tenha incidido sobre as consequ�ncias no norte da Ria. "A continua��o das obras no Porto de Aveiro melhora a sua capacidade, e estamos de acordo com isso, mas tem implica��es fort�ssimas em todo o norte da Ria, que deviam ser acauteladas. H� necessidade do Governo perceber que tem de ser encontrado um equil�brio porque a questáo � muito grave. Com a saliniza��o destes campos � toda a fauna e flora que � posta em causa e não podem as obras públicas continuar a assobiar para o lado e o Porto de Aveiro dizer que não � consigo", comentou. Fonte: Lusa
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