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– 30-07-2013 |
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Trinta ONG mo�ambicanas lan�am campanha contra "privatiza��o e usurpa��o da terra"
Trinta organizações não-governamentais mo�ambicanas anunciaram o lan�amento, em breve, de uma campanha nacional "contra a privatiza��o da terra, usurpa��o e saque de todos os recursos naturais" em Mo�ambique, que inclui "t�cnicas de resist�ncia � invasão dos territ�rios". Um comunicado da União Nacional de Camponeses de Mo�ambique, a que a Lusa teve acesso, refere que "a campanha vem responder a uma demanda popular de contesta��o pela forma como o país está a ser conduzido, da comunidade ao governo nacional". "Esta campanha irá traduzir-se em diversas actividades, incluindo marchas, semin�rios de educa��o popular sobre o direito � terra, caravanas de educa��o c�vica das popula��es rurais e urbanas sobre governa��o, cartas de den�ncia", bem como "t�cnicas de resist�ncia � invasão dos territ�rios", l�-se na nota. A mobiliza��o conjunta da sociedade civil pela defesa dos recursos e contra a privatiza��o da terra visa o refor�o de ac��es conjuntas e no ampliar da sua articula��o em defesa dos recursos naturais e contra a privatiza��o da terra, destaca a União mo�ambicana de camponeses, um dos promotores da iniciativa. A decisão foi tomada ap�s uma reflex�o de tr�s dias promovida pelos participantes da oficina da Universidade Popular dos Movimentos Sociais (UPMS), instituição cofundada pelo soci�logo portugu�s Boaventura de Sousa Santos, que teve lugar, no fim de semana, na zona de Mumemo, Marracuene, arredores da capital mo�ambicana, Maputo. "Na conclusão da UPMS verificou-se que o assunto da terra preocupa todos os sectores da sociedade, exigindo o refor�o de ac��es conjuntas para defender a lei de terras e rejeitar toda e qualquer tentativa de privatiza��o da terra", afirma o comunicado. A organiza��o aponta a extrac��o mineira em Tete, explora��o florestal no norte do país, os programas do agroneg�cio como o Wambao e o controverso Prosavana – um programa milion�rio a ser implementado no norte de Mo�ambique – como alguns que foram identificados pela sociedade civil mo�ambicana como sendo um "assunto de agenda comum, reveladores de situa��es de neocolonialismo que devem ser combatidos". Exemplificando, a União Nacional de Camponeses de Mo�ambique estima que "s� o Prosavana vai usurpar terras, expulsar camponeses e contaminar os solos de cerca de 14 milhões de hectares de terra, ao longo do chamado corredor de Nacala". "Os participantes da oficina da UPMS de Mumemo consideram que a forma como o Governo de Mo�ambique gere a terra e os recursos naturais está em contradi��o com os prop�sitos pelo qual se conquistou a independ�ncia nacional, de libertar a terra e o homem", assegura a organiza��o. Os participantes "consideram ainda como desumana a forma como o Governo trata os seus cidad�os e alertam os mo�ambicanos para que se mobilizem contra a atitude do Governo". A União mo�ambicana de Camponeses sublinha que "Mo�ambique � rico em recursos naturais, mas isto pode significar uma maldi��o para o povo, como testemunham" os exemplos da Nig�ria, Angola e Guin� Equatorial ou o M�xico, que "embora ricos em petr�leo e outros recursos, não conseguem ultrapassar a situa��o de mis�ria em que o seu povo vive". "Isto acontece porque os governos que controlam a gestáo dos recursos apropriam-se através da corrup��o e de empresas ligadas ao poder pol�tico, o que faz com que os rendimentos que resultam dos recursos sejam apropriados por um grupo muito pequeno de fam�lias e empresas ligadas ao poder", refere a mesma nota. Fonte: Lusa
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