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– 01-06-2013 |
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Sapadores limpam floresta contra inc�ndios em baldio devolvido ao povo
O Conselho Directivo dos Baldios de Vilarinho, na Lous�, está a realizar a limpeza da floresta contra inc�ndios, um ano ap�s o Estado ter devolvido esses terrenos comunitários ao povo. Em plena serra da Lous�, a equipa de Sapadores Florestais de Vilarinho corta matos e �rvores que invadiram os terrenos que estiveram sob co-gestáo dos compartes e dos ex-Serviços Florestais, actual Instituto da Conserva��o da Natureza e das Florestas (ICNF). Conduzido por um dos seis homens que executam os trabalhos, um tractor avan�a entre densa nuvem de p�, arrastando a `capinadeira` que ceifa, rente ao solo, a vegeta��o espont�nea que se desenvolveu num aceiro rasgado em tempos para travar a propaga��o de fogos. "Este aceiro não era limpo h� muitos anos", afirma � agência Lusa Lu�s Trota, presidente do Conselho Directivo dos Baldios, entidade representativa dos compartes, que tem como tesoureiro o presidente da Junta de Vilarinho, Joaquim Seco. Em 2011, o Tribunal da Lous� condenou o Estado a "entregar imediatamente" os baldios � Assembleia de Compartes e determinou que o Estado deveria "abster-se de praticar qualquer ato" em tais terrenos", com uma área superior a 800 hectares. O Ministério público recorreu da decisão, mas o Tribunal da Rela��o de Coimbra, em ac�rd�o proferido no ano passado, veio confirmar que a co-gestáo terminou em 2006. Sob orienta��o t�cnica de Eug�nia Rodrigues, uma engenheira florestal contratada pelo Conselho Directivo, os Sapadores Florestais limpam v�rios quil�metros de matagais nos aceiros. "Este trabalho, que come�ou no in�cio de Maio, � pago com as receitas geradas no baldio", explica Lu�s Trota, real�ando que, assim, "os bombeiros t�m uma pequena possibilidade" de dominar eventuais inc�ndios. Enquanto a `capinadeira` ro�a vegeta��o em toda a largura do aceiro, cinco sapadores, munidos de ro�adoras mec�nicas, limpam as margens, ap�s terem previamente removido as �rvores maiores. "Sempre alert�mos o Estado para a situa��o em que estava a floresta", refere Lu�s Trota, ao lamentar que "grandes manchas" de pinhal tenham sido dizimadas pelo nem�todo. Esta doen�a "continua a alastrar" nos baldios de Vilarinho, v�rios anos ap�s ter sido detectada na regi�o. Os Serviços Florestais, actual ICNF, "diziam-nos que o pinheiro, tal como as pessoas, tinha uma idade em que depois morria", recorda do dirigente. Segundo Lu�s Trota, o problema do nem�todo e a interven��o, alegadamente tardia, do Estado para o debelar, vieram refor�ar a exig�ncia dos compartes para que lhes fosse "entregue por completo" a gestáo da ancestral propriedade comunitária. Anualmente, o ICNF atribui ao Conselho Directivo 35 mil euros para os Sapadores Florestais "prestarem 122 dias de servi�o público", cabendo ao Estado fixar os trabalhos a realizar. Tal pagamento "não � para fazer este trabalho" de limpeza nos baldios que o Estado devolveu ao povo. Este aceiro "não era dos piores", afirma Eug�nia Rodrigues, apontando para v�rios pinheiros, removidos a custo pelos sapadores. "Mas, noutros, j� não t�nhamos descontinuidade absolutamente nenhuma", lamenta a engenheira florestal. Fonte: Lusa
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