INE: Valor Acrescentado Bruto da Silvicultura aumentou 2,9% em volume e 5,8% em valor

 

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 –  27-06-2013

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INE: Valor Acrescentado Bruto da Silvicultura aumentou 2,9% em volume e 5,8% em valor

De acordo com as Contas Económicas da Silvicultura, em 2011, e pelo segundo ano consecutivo, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da Silvicultura aumentou, registando uma varia��o de 2,9% em volume e de 5,8% em termos nominais, em rela��o ao ano anterior. Para este resultado contribu�ram um aumento da produ��o (2,8%) e um decréscimo do consumo interm�dio (-4,8%), em termos nominais.

O INE disponibiliza os resultados das Contas Económicas da Silvicultura para o ano 2011 (base 2006), apresentando indicadores que traduzem a import�ncia econ�mica da actividade silv�cola e de explora��o florestal. Procedeu-se ainda � revisão dos resultados provis�rios para 2010 divulgados em Junho de 2012.

Os resultados apresentados neste Destaque t�m uma natureza final para o ano 2010 e provis�ria para o ano 2011, incorporando informação disponível. até ao dia 21 de Junho de 2013.

No Portal do INE, na área das Contas Nacionais, em particular na sec��o das Contas Satélite1, são ainda disponibilizados quadros adicionais com informação mais detalhada.

1. Valor Acrescentado Bruto da Silvicultura

A actividade silv�cola e de explora��o florestal (Silvicultura) antecede, na fileira produtiva, a transforma��o de madeira, de corti�a e de outros produtos da floresta, não contemplando a actividade industrial (por exemplo, a pasta de papel ou rolhas), mas apenas a produ��o das matérias-primas (madeira e corti�a) e o corte ou a extrac��o das �rvores.

Em 2011, pelo segundo ano consecutivo, o Valor Acrescentado Bruto da Silvicultura (VAB) aumentou, registando uma varia��o de 2,9% em volume e de 5,8% em termos nominais, face ao ano anterior. O VAB da silvicultura diminuiu continuadamente desde 2000, atingindo o seu ponto m�nimo em 2009. Nos dois anos seguintes, o peso relativo do VAB da actividade silv�cola na economia nacional registou alguma recupera��o, atingindo 0,5% do VAB total em 2011.

2. PRODU��O DA SILVICULTURA � principais produtos

A Produção da Silvicultura registou, em 2011, uma varia��o nula em volume e um aumento de 2,8% em valor. Para esta evolu��o nominal contribu�ram principalmente os acr�scimos registados na produ��o de Madeira (4,1%) e na produ��o de Corti�a (12,3%), decorrentes de varia��es positivas, quer em volume, quer em pre�o, relativamente ao ano anterior.

A Madeira e a Corti�a continuaram a ser os produtos de maior relev�ncia na Produção da Silvicultura, tendo a Madeira para triturar e a Corti�a convergido para pesos relativos muito próximos em 2011 (� semelhan�a de 2008 e 2009), respectivamente 36% e 34% do total da produ��o silv�cola.

Na s�rie em análise, o volume mais elevado de produ��o de Madeira para triturar foi atingido em 2004 e 2011. A Corti�a e a Madeira para serrar atingiram máximos de volume de produ��o no ano 2000.

Os pre�os da Madeira e de Corti�a aumentaram em 2011 (1,9% e 4,0%, respectivamente). Contudo, o comportamento dos pre�os de cada um dos produtos foi distinto ao longo da s�rie. Os pre�os da Madeira para serrar e da Corti�a registaram uma tend�ncia de decréscimo desde 2000, verificando-se um aumento dos pre�os em 2011. A evolu��o do pre�o da Madeira para triturar apresentou uma maior estabilidade em termos relativos, observando-se uma tend�ncia decrescente entre 2000 e 2006, que se inverteu no período posterior.

2.1 PRODU��O DE MADEIRA

A Madeira extra�da da floresta pode ser serrada ou triturada, conforme o tipo de utiliza��o a que for sujeita.

A Madeira mais nobre � serrada, para utiliza��o preferencial no fabrico de m�veis (ind�strias de serra��o e de mobili�rio). A Madeira triturada pode ser subsequentemente utilizada na produ��o de papel (ind�strias de pasta de papel e papel), na produ��o de energia (lenha, pellets, briquets), no fabrico de aglomerados ou até como fonte de energia renov�vel.

A Madeira para serrar, que corresponde, fundamentalmente, � madeira de pinheiro bravo, apresentou, em 2011, acr�scimos de 2,0% em volume e de 2,9% nos pre�os. Na s�rie em análise, a produ��o de Madeira para serrar registou o ponto mais elevado em 2000, diminuindo significativamente até 2002, ano a partir do qual o volume não registou grandes altera��es. A redu��o da produ��o em termos nominais esteve associada � descida dos pre�os.

Em 2011, pelo segundo ano consecutivo, a Madeira para triturar, na qual se destaca a madeira de eucalipto, registou aumentos de produ��o de 2,3% em volume e de 1,3% nos pre�os. Entre 2000 e 2011, a produ��o de Madeira para triturar registou um crescimento m�dio anual de 1,4%, em termos nominais, reflectindo a tend�ncia crescente, quer do volume, quer dos pre�os. Com efeito, a produ��o deste tipo de madeira tem revelado um grande dinamismo, que traduz essencialmente o desenvolvimento da ind�stria de pasta de papel.

2.2 PRODU��O DE CORTI�A 

Apesar da Corti�a, em termos nominais, ter constitu�do a produ��o silv�cola de maior import�ncia relativa, até 2007, o significativo decréscimo entre 2000 e 2005 colocou-a a um nível. de produ��o semelhante ao da Madeira para triturar. Nesse período, dado o envelhecimento de alguns montados, verificou-se uma redu��o do volume e do pre�o pago ao produtor da corti�a extra�da.

Contudo, tal como a Madeira para triturar, a partir de 2009 a Corti�a revelou varia��es positivas em valor, apresentando, em 2011, acr�scimos de 8,0% em volume e de 4,0% em pre�o. Para esta recupera��o terá contribu�do o relan�amento deste produto nos mercados nacional e internacional, sob a forma de rolhas, material de isolamento ac�stico e t�rmico ou acess�rios de moda.

3. CONSUMO INTERM�DIO

Em 2011, o Consumo Interm�dio (CI) da Silvicultura diminuiu 4,8% em termos nominais, em resultado de uma diminui��o do volume (-7,8%), nomeadamente de energia e de serviços silv�colas, uma vez que os pre�os registaram um acr�scimo (3,2%).

O r�cio CI/Produção revela que, entre 2000 e 2010, se verificou um aumento do peso relativo do CI na Produção de 7,5 pontos percentuais (p.p.), o que traduz uma situa��o adversa para a actividade florestal. Pelo contrário, este r�cio diminuiu 2,1 p.p. em 2011. 

O aumento do peso relativo do consumo interm�dio na produ��o, durante grande parte do período iniciado em 2000, esteve sobretudo associado ao comportamento do r�cio entre os pre�os da Produção e do CI (�tesoura de pre�os�), traduzindo um aumento dos pre�os das despesas correntes superior ao dos pre�os na Produção.

Desde 2009, o crescimento dos pre�os na Produção acompanhou o aumento dos pre�os do CI, em particular em 2011, onde a varia��o dos pre�os foi praticamente id�ntica.

4. AJUDAS PAGAS � ACTIVIDADE SILV�COLA. TAXA DE APOIO � PRODU��O

No ambito das Contas Económicas da Silvicultura (CES), as ajudas � actividade silv�cola subdividem-se em subsídios ao produto, Outros subsídios � produ��o e Transfer�ncias de capital (que, de acordo com a metodologia das CES, não são contabilizadas no Rendimento Empresarial L�quido da Silvicultura). Os subsídios ao produto, que incidem, fundamentalmente, sobre a florestação e reflorestação, encontram-se inclu�dos no valor da produ��o2. Estes subsídios constitu�ram o tipo de ajuda mais importante na s�rie em análise.

As ajudas � produ��o compreendem os subsídios ao produto e Outros subsídios � produ��o. Em 2011 estas verificaram um acr�scimo significativo (23,8%), para o que contribuiu o aumento dos Outros subsídios � produ��o (ligados, sobretudo, a medidas de apoio � melhoria produtiva dos povoamentos florestais). A Taxa de apoio � Produção (r�cio Total de ajudas pagas � produ��o/Produção) aumentou 1,0 p.p. em 2011, fixando-se em 5,8%, taxa superada apenas nos anos de 2004 e 2005.

As Transfer�ncias de capital são ajudas destinadas a apoiar financeiramente medidas de investimento na actividade. Ap�s 2010, ano durante o qual foi pago ao produtor florestal um montante diminuto de Transfer�ncias de capital, na sequ�ncia do final de medidas do terceiro Quadro comunitário de Apoio (QCAIII), o ano de 2011 apresentou um acr�scimo significativo (varia��o de 133,0%), retomando o nível. de 2009.

5. FORMA��O BRUTA DE CAPITAL FIXO

A Forma��o bruta de capital fixo (FBCF) abrange duas componentes distintas: FBCF em florestação e Reflorestação (plantações de sobreiro, de pinheiro manso e de eucalipto) e FBCF em Produtos não Florestais (bens de equipamento, constru��o, etc.). 

Em 2011, a FBCF apresentou decréscimos quer em termos nominais (-7,0%) quer em termos reais (-9,7%), em resultado da diminui��o de ambas as componentes, embora a FBCF em florestação e Reflorestação tenha decrescido mais significativamente.

6. RENDIMENTO DOS FACTORES E RENDIMENTO EMPRESARIAL L�QUIDO DA SILVICULTURA

O Rendimento dos factores e o Rendimento empresarial l�quido (REL) da actividade silv�cola apresentaram, em 2011, acr�scimos nominais de 8,7% e 11,5%, respectivamente, em consequ�ncia dos aumentos do VAB e dos Outros subsídios � produ��o.

7. COMPARA��ES INTERNACIONAIS

No contexto da União Europeia, comparativamente com outros Estados-Membros4 com informação disponível., � poss�vel concluir que o peso relativo da Silvicultura na economia nacional excede o de países de caracterásticas mediterr�nicas como It�lia ou Espanha.

Combinando o VAB desta actividade com a área de floresta, verifica-se que Portugal se encontra entre os Estados Membros da União Europeia que apresentam valores mais elevados de VAB por área florestal, ultrapassando, por exemplo, a Finl�ndia, país com um coberto florestal muito extenso.

 

(1)

(2) De acordo com a metodologia das CES descrita no Manual das Contas Económicas da Agricultura e Silvicultura 97 (Rev. 1.1), a produ��o dever� ser calculada a pre�os de base, isto �, Valor a pre�os de base = Valor a pre�os no produtor + subsídios aos produtos-impostos sobre os produtos.

(3) Para a forma��o do REL, são deduzidas do VAB as despesas de Consumo de capital fixo, as Remunera��es a pagar, os Outros impostos � produ��o e as Rendas e os Juros a pagar e adicionados os Outros subsídios � produ��o e os Juros a Receber. O Rendimento dos factores inclui, para além do REL, as Remunera��es, as Rendas e os Juros a pagar e exclui os Juros a receber.

(4) Dados extra�dos da base de dados do Eurostat a 24 de Junho de 2013 (data da última actualiza��o: 22 de Junho de 2013). Para Portugal utilizaram-se os resultados actualizados das Contas Económicas da Silvicultura.

Fonte:  INE


Apontadores relacionados:

Artigos

  • Agronotícias (09/05/2013) – Acr�scimo – O paradigma das florestas em Portugal: Sem neg�cio, não h� gestáo nem protec��o das florestas

  • Agronotícias (20/03/2008) – INE: Valor Acrescentado Bruto da silvicultura estagnou em 2006

S�tios

  • Instituto Nacional de Estatéstica (INE)


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