|
|
|
|
– 15-05-2013 |
[ �cran anterior ] [ Outras notícias ] [ Arquivo ] [ Imprensa ] |
plantações de ch� dos A�ores produzem 50 toneladas anuais
As duas �nicas plantações de ch� com fins industriais da Europa ficam na ilha de S. Miguel e, com uma produ��o anual de cerca de 50 toneladas, são hoje Também um produto tur�stico da ilha. Chegou a haver seis f�bricas de ch� na costa norte da ilha de S. Miguel e entre os anos de 1980 e o in�cio deste s�culo s� uma, a Gorreana, na freguesia da Maia, Ribeira Grande, continuou a funcionar. Esta f�brica produz ch� preto e verde e, com os seus 32 hectares de plantação e as 38 toneladas que produz em média por ano, segundo disse � Lusa o respons�vel pela Gorreana, Hermano Mota, continua a ser a maior. A outra f�brica em funcionamento � a Ch� Porto Formoso, Também no concelho da Ribeira Grande, que voltou a abrir em 2001. A produ��o � pequena: tem cinco hectares de plantação e produz entre 12 e 14 toneladas de tr�s variedades de ch� preto por ano, vendendo cerca de 60% da produ��o na pr�pria loja do espaço da f�brica. O restante � vendido nos A�ores e uma pequena parte nas chamadas lojas ‘gourmet’ do resto do país. �Hoje em dia, o ch� � um produto tur�stico. N�s s� estamos no mercado porque � um produto tur�stico�, disse Jos� Ant�nio Pacheco, propriet�rio da f�brica, que recebe cerca de vinte mil visitantes por ano. Os turistas visitam a f�brica e a plantação, podem passar por um espaço museol�gico, provar o ch� e assim Também �conhecer um pouco da hist�ria dos A�ores�, sublinhou. No caso da Gorreana, que Também se pode visitar, em 2012, cerca de 47% da produ��o destinou-se ao mercado a�oriano, �trinta e qualquer coisa por cento� foi para o continente e o restante foi vendido para o estrangeiro, com a Fran�a a superar as vendas para a Alemanha recentemente, por causa do ch� verde e por a f�brica ter conseguido entrar numa �boa casa de distribui��o francesa�, segundo Hermano Mota. De acordo com este respons�vel, as vendas para o continente t�m �muitas oscila��es�, enquanto nos A�ores o consumo de ch� �faz parte do dia a dia�. As primeiras plantas de ch� chegaram aos A�ores, vindas do Brasil, no s�culo XVIII, segundo diversos registos e cita��es na imprensa local. Inicialmente, era uma planta ornamental, que se dava bem com o clima temperado e as chuvas da ilha e ganhava aroma com o subsolo vulcúnico. As plantações de ch� e o fabrico foram depois impulsionadas pela Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense que, em 1878, levou dois chineses até S. Miguel para ensinarem os locais o processo de produ��o. �não h� uma casa em Porto Formoso onde não se beba um ch� de manh�, garantiu Lu�sa Teixeira, antiga apanhadeira de ch�, recebendo a concord�ncia de Lu�sa Cabral e Dion�sia Rei. As tr�s estiveram no s�bado passado na f�brica Ch� Porto Formoso, integrando um grupo de cem figurantes que recriaram a colheita manual da folha do ch�, como acontecia na primeira metade do s�culo XX, e "a viv�ncia associada ao ch� na ilha de S. Miguel. �O ch� na ilha de S. Miguel tem uma hist�ria muito rica e, associada a essa cultura agr�cola, h� uma etnografia interessante que importa divulgar�, defendeu Jos� Ant�nio Pacheco. Lu�s Teixeira, Lu�sa Cabral e Dion�sia Rei lembram-se bem de quando havia várias f�bricas na regi�o e as fam�lias tinham plantações pr�prias de ch�. Entre Maio e Setembro, carregavam-se �cami�es� de folha de ch� para as f�bricas, garantiram, lembrando ainda os �ranchos de mulheres� que a apanhavam, em jornadas de trabalho, mas Também de alguma festa e de muitos �bordados e rendas� na pausa para o almo�o. A partir dos anos de 1960, as f�bricas foram fechando e as plantações foram sendo substitu�das por pastos para as vacas. Ainda assim, restam �tr�s ou quatro fam�lias� em Porto Formoso com plantas de ch� preto nos seus terrenos e que produzem todo o ch� que consomem durante um ano. No caso de Adelina Rebelo, 40 anos e filha de Lu�sa Teixeira, isso significa um a dois quilos por cada apanha. �A chaleira está sempre ao lado do lume� e o ch� bebe-se de manh� e para acompanhar as refei��es. �� ch� a todas as horas�, assegurou Adelina. Fonte: Lusa
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2012. Todos os direitos reservados. |