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– 29-05-2013 |
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Alto Minho com meia centena de lobos mas metade das alcateias são fr�geis
O Alto Minho contar� actualmente com seis alcateias, metade destas fr�geis, e cerca de 50 lobos, o que leva um investigador a defender uma maior aposta em medidas de protec��o do gado. "Os propriet�rios pecu�rios, muitas vezes, j� estáo um pouco desabituados do lobo, não aplicam as medidas de minimiza��o mais convenientes e isso acaba por resultar num impacto de preda��o bastante grande", explicou hoje � Lusa o investigador Francisco �lvares. Aquele bi�logo integra o Centro de Investiga��o em Biodiversidade e Recursos Gen�ticos da Universidade do Porto e h� cerca de 20 anos que monitoriza a presença do lobo na regi�o do Parque Nacional da Peneda-Ger�s (PNPG). No distrito de Viana do Castelo, acrescentou, existiráo nesta altura tr�s alcateias estáveis, na zona do PNPG e cada uma com dez a doze indiv�duos, distribu�das entre as serras do Soajo e de Castro Laboreiro. Acrescem outras tr�s alcateias, estas "mais fr�geis" e com apenas cerca de cinco indiv�duos cada, na zona mais pr�xima do litoral, entre Paredes de Coura e a serra d`Arga. "Mas estas muito mais inst�veis e sujeitas � forte persegui��o humana, sem uma reprodu��o regular", sublinhou o investigador. Com estes n�meros, mais do que o "necess�rio" pagamento "atempado" das indemniza��es compensatérias dos ataques do lobo a animais de criação, previstas na lei e recorrentemente alvo de cr�ticas das popula��es devido ao atraso, Francisco �lvares defende um investimento em medidas preventivas e no refor�o da reintrodu��o de presas silvestres como o corso e javali. Com a utiliza��o de c�es de gado e cercas el�ctricas, assim como a presença f�sica de pastores, garante ser poss�vel "diminuir os preju�zos" destes ataques e evitar o pagamento de indemniza��es por parte do Estado, que anualmente ascendem a mais de 700 mil euros. "Por estranho que pare�a, h� rebanhos sem pastores e isso � algo que não � normal", acrescentou Francisco �lvares, � margem de um col�quio sobre a presença do Lobo no Alto Minho, realizado hoje em Arcos de Valdevez. O evento pretendia sensibilizar a popula��o para o tema, sobretudo face � "complexa rela��o" mantida no terreno entre o Homem e aquela esp�cie, e foi organizado pela Associa��o de Conserva��o do Habitat do Lobo Ib�rico (ACHLI), tendo reunido mais de meia centena de pessoas, nomeadamente presidentes de Juntas de Freguesia da regi�o. Segundo dados avan�ados � Lusa, em Março �ltimo, pelo Instituto da Conserva��o da Natureza e das Florestas (ICNF), durante o ano de 2012 foram contabilizados oficialmente 58 animais atacados por lobos s� nos concelhos de Paredes de Coura e Arcos de Valdevez. Em todo o continente nacional, o Lobo Ib�rico, esp�cie protegida em Portugal desde 1988 e considerada em risco de extin��o desde 1990, contar� com 63 alcateias e 300 indiv�duos. No entanto, recorda Francisco �lvares, estes n�meros t�m perto de dez anos e durante este período, � excep��o do programa de monitoriza��o no Alto Minho, não foi realizado qualquer censo nacional � presença do lobo em Portugal. Na PNPG, uma das principais áreas de concentra��o da esp�cie em Portugal, menos de 10% dos criadores de gado registaram ataques dos lobos nos �ltimos anos, indicam os dados mais recentes divulgados neste col�quio. Fonte: Lusa
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