Empresas do sector agroalimentar apostam em parcerias em Macau para chegarem à China

 

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 –  19-10-2013

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Empresas do sector agroalimentar apostam em parcerias em Macau para chegarem � China

As várias empresas portuguesas do sector agroalimentar que participam na Feira Internacional de Macau, � semelhan�a de anos anteriores, procuram encontrar parceiros locais que distribuam os seus produtos no territ�rio, tendo em perspectiva a entrada no mercado chin�s.

A SonaeMC marca presença, pela primeira vez, no Pavilh�o de Portugal do certame, com o "objectivo de encontrar importadores e distribuidores alimentares que estejam interessados nos [seus] produtos", nomeadamente "cadeias de supermercados em Macau e Hong Kong", disse � agência Lusa o director de exportação, Rui Rodrigues.

A empresa não tem a intenção de vir a abrir lojas na China e está focada em Macau, territ�rio para o qual olha como "porta de acesso" para a China continental, apenas numa perspectiva de exportação, área em que come�ou a apostar no in�cio do ano, estando j� presente em Timor-Leste e em Cabo Verde, acrescentou.

A mesma estratégia � seguida pela Probar, que se estreia Também na Feira Internacional de Macau com vista a entrar no mercado asi�tico, depois da Europa, Brasil, Angola e �frica do Sul, para onde j� exporta.

"Estamos a tentar conseguir meter os nossos produtos tanto em Macau como em Hong Kong, pois na China, que � o nosso grande objectivo, temos, para j�, algumas restrições ao nível. sanit�rio, que o Governo portugu�s está a tentar resolver", disse � Lusa o presidente do conselho de administração da empresa, Carlos Ruivo.

Este respons�vel lamenta que os produtos portugueses tenham "pouca penetra��o em Macau, apesar do territ�rio ter sido administrado pelos portugueses".

"� um bocado pena que não tenhamos feito esse trabalho quando estávamos mais presentes", disse.

A mesma opini�o � partilhada pelo director de exportação de várias marcas de vinho, Paulo Gaspar, que h� cerca de 17 anos promove os n�ctares portugueses na �sia, constatando que existe um "problema de imagem de Portugal".

"Estamos a vender na China vinhos de gama alta, alguns na ordem dos 40 euros por garrafa, o trabalho para a sua implantação custa muito de princ�pio porque Portugal não tem um nome como tem Fran�a, a Austr�lia ou o Chile", observou.

Paulo Gaspar está este fim de semana a promover no ‘stand’ de Portugal no Pavilh�o dos Pa�ses de L�ngua Portuguesa vinho verde, do D�o, Porto, Douro, Alentejo e Estremadura que j� � exportado "regularmente para a China h� cerca de quatro anos, mas que ainda não � vendido em Macau", onde procura agora distribuidores.

"As pessoas na China come�am a reconhecer alguns vinhos portugueses, mas não são muitos", concluiu.

Para Paulo Gaspar, a marca Portugal não tem, além-fronteiras, tanto sucesso quando comparada com outras, devido a uma "falta de uni�o".

"A Austr�lia e o Chile come�aram h� 15 anos e neste momento são conhecidos e reconhecidos em todo o mundo. N�s, que andamos nisto h� 2.500 anos, ningu�m nos conhece, porque fazemos sempre tudo sozinhos, com muita mesquinhez, com medo que o parceiro do lado saiba a quem � que vendemos ou compramos, isto não nos tem ajudado. Temos de come�ar pela base e a base � a uni�o", defendeu.

Eduardo Pinto e Paulo Tolda, que partilham o ‘stand’ com Paulo Gaspar, representam a C�mara Municipal de S. Jo�o da Pesqueira, a �nica com presença na Feira Internacional de Macau, pela segunda vez, para ajudar a vender os produtos da regi�o, nomeadamente o vinho de 14 produtores e o azeite de outros dois.

"Somos o concelho que � o maior produtor de vinho do Porto do país, temos cada vez mais pequenos produtores e tentamos ajud�-los, porque não t�m capacidade para virem a estas feiras", explicou Paulo Tolda, secundado por Eduardo Pinto, que salientou o facto de a autarquia apostar em "Macau como a porta de entrada para a China".

A 18.� Feira Internacional de Macau, que decorre até domingo no resort The Venetian, dedicada ao tema "Coopera��o – Chave para oportunidades de neg�cio", conta com a participa��o de mais de 80 empresas portuguesas dos sectores do agroalimentar, imobili�rio, constru��o, energia, recursos naturais, ind�strias criativas, banca, entre outros.

Fonte:  Lusa


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