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– 06-09-2013 |
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Defender a floresta dos inc�ndios exige a valoriza��o dos activos florestais, adop��o de medidas oficiais de preven��o, pol�ticas mais assertivas de combate e uma maior vontade politica dos governossão sobejamente conhecidas as raz�es que estáo na origem dos inc�ndios. não precisamos mais de diagn�stico de mais planeamento de mais nomenclatura precisa-se sim, de pol�ticas públicas e comunitárias que invertam hemorragia demogr�fica que levaram � exaust�o � rotura as aldeias da regi�o. Precisa-se, que este e os próximos Governos tomem medidas efectivas de valoriza��o dos recursos intr�nsecos da floresta na área econ�mica social cultural e ambiental. Os factores tradicionais que estáo na origem dos inc�ndios � muito que se encontram identificados, mas não resolvidos, como sendo: certos interesses econ�micos instalados nesta área; a condescend�ncia do actual regime jur�dico no tratamento dado aos pirámanos; a falta de comportamento c�vico e a neglig�ncia humana; a inexist�ncia de fogos controlados para a renova��o de pastagens para os animais; a aus�ncia de campanhas de sensibiliza��o junto das comunidades; a falta de investimento na preven��o em área privada, baldios e pública; o afastamento dos t�cnicos florestais de áreas de responsabilidade e de comando em muitas instituições; o insuficiente n�mero de equipas de sapadores florestais; as questáes fito sanit�rias no coberto florestal; a gestáo da ca�a; a conflitualidade territorial; o afastamento das popula��es e outros agentes econ�micos do mundo rural em todo o dispositivo de combate existente; a deprecia��o econ�mica da madeira de pinho e o ambiente de crise da economia portuguesa são factores não despiciendos na abordagem da problem�tica dos inc�ndios. Adensar ainda mais estes problemas o Governo extingue serviços públicos, faz reformas contra a opini�o das popula��es afastando-as cada vez mais do poder de decisão, insiste em ofensivas contra a propriedade dos compartes tentando privatizar os baldios para ulteriormente os entregar aos interesses da ind�stria de celulose e multinacionais do sector. Problemas fitossanit�rios das nossas florestas e a crise financeira do país p�em em causa este importante sector da economiaA diminui��o de actividade no sector da constru��o civil associado � crise da ind�stria da madeira e as novas exig�ncias nacionais e comunitárias relativas ao aparecimento do Nem�todo e outros agentes bi�tipos, o corte, manifesto e transporte e comercializa��o da madeira de pinho com a obrigatoriedade de destro�ar e queimar os sobrantes, submeter a madeira a tratamento t�rmico; são factores condicionantes e um s�rio desafio � manuten��o, desenvolvimento dos povoamentos do pinheiro bravo na regi�o e no Pa�s. Veja-se as dificuldades de comercializa��o da madeira das astas públicas promovidas recentemente um pouco em toda a regi�o. não se pode aceitar a ideia de que a floresta se resume apenas � produ��o de eucalipto para pasta de papel, sobreiro para corti�a, ou � produ��o do pinheiro manso para a produ��o de pinha. Em todo o caso nunca podemos dissociar o interesse da floresta de outras funções igualmente importantes para todas as especies florestais e que estáo relacionadas com a protec��o do solo, a regula��o do ciclo da �gua ou o sequestro de carbono para j� não falar na cineg�tica ou na paisagem que são elementos de grande interesse para a economia regional e Nacional. Existem estudos suficientes que d�o respostas � forma de proteger a floresta com equipas especializadas em fogo, as Universidades produzem investiga��o de topo, reconhecida internacionalmente, acerca do comportamento do fogo e da sua rela��o com os diferentes tipos de vegeta��o. O Governo precisa de aquilatar melhor a afecta��o de meios financeiros entre a preven��o e o combate. Precisa-se de mais equipes de sapadores florestais a inclusão destas, nas brigadas GAUF integrando organizações locais cujo dispositivo de proximidade e conhecimento de terreno, em colabora��o com os bombeiros seria uma mais-valia para um efectivo combate aos inc�ndios florestais. A t�tulo de exemplo, � justo real�ar os dados relativos aos inc�ndios florestais dos anos de 2007 e 2008 com uma taxa de inc�ndios relativamente reduzida que poder� ter ocorrido por várias raz�es mas que aconteceu precisamente nos anos em que houve maior envolvimento das associa��es de produtores florestais e baldios na sensibiliza��o das popula��es � justo concluir que tal impacto positivo estar� Também associado ao trabalho de sensibiliza��o junto das popula��es. PELA BOCA MORRE O PEIXE Quando temos um secret�rio de Estado que perante o Estado de calamidade dos inc�ndios afirma que não arde mais nas áreas de responsabilidade de gestáo do Estado, � pertinente perguntar qual a área total ardida nas áreas submetidas a Regime Florestal desde, pelo menos, 1990 (data a partir da qual são disponibilizados dados cartogr�ficos pelo ICNF). Peguemos como exemplo, o concelho de Mondim de Basto área onde o SBTMAD tem feito e desenvolvido trabalho junto das comunidades baldias através do Grupo de Baldios recentemente constitu�do. Utilizando dados cartogr�ficos publicados pelo ICNF revelam que cerca de 85% da área ardida acumulada desde 1990 ocorreu em área baldia submetida a regime florestal e em regime de co-gestáo com o Estado e apenas 15% em área particular. Isto �, dentro da área do Per�metro Florestal de Mondim de Basto, com uma área total de 11.046,5 ha, arderam cumulativamente 11.481 ha desde 1990. A esta haver� ainda somar a área ardida anterior a 1990, para a qual não existem dados publicados. Com este exemplo apenas se pretende real�ar e chamar a aten��o do Secret�rio de Estado para os resultados desta gestáo e a pouca seriedade das suas afirma��es " ao afirmar que lhe apontem a m� gestáo das áreas baldias mal geridas". � caso para dizer " não consegue ver o argueiro no seu pr�prio olho. S� nos dois maiores inc�ndios que ocorreram no m�s de Agosto neste Concelho em 2013, que abrangeram sobretudo a Freguesia de Ermelo e Atei estima-se uma área total ardida de cerca de 3.200 ha dos quais pelo menos 2.600 são área florestal baldia, onde o Estado � o co-gestor. A análise previsional dos preju�zos provocados por este inc�ndio leva-nos para valores de aproximadamente 11 milhões de euros, entre valores de substitui��o da floresta, deprecia��o de material lenhoso (preju�zo imediato), valores de perda/expectativa não cumprida (preju�zo futuro em 25 anos) e valor de destrui��o de activos como a resina. Junte-se a estes preju�zos a componente social ao colocar em causa um conjunto de empregos rurais directamente relacionados com a floresta, como resineiros e madeireiros agravando fortemente a sustentabilidade social destas áreas e agravando a desertifica��o. Peguemos nestes dados e extrapolemos para o distrito de Vila Real e Bragan�a onde cumulativamente apenas neste ano de 2013 arderam 36 482 ha e tenhamos consci�ncia de que os inc�ndios e a falta de pol�ticas adequadas para que estes não tomem as propor��es que t�m tido, são uma das maiores condicionantes � sustentabilidade das zonas rurais. Vila Real, 5 de Setembro de 2013 A Direc��o do SBTMAD
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