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– 10-01-2014 |
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Visita de PM japonês a Moçambique é "perigosa e imperial" considera ONG
A organização não-governamental moçambicana ADECRU classificou hoje como "perigosa e imperial" a visita a Moçambique, a partir de sábado, do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, acusando o Japão de implementar uma "política colonial" no sector agrícola africano. A Acção Académica para o Desenvolvimento das Comunidades Rurais (ADECRU), de Moçambique, considerou hoje que a visita de Shinzo Abe a Moçambique, a primeira de um primeiro-ministro japonês, está "mascarada na máxima diplomática de reforço e consolidação de amizade entre" Moçambique e o Japão, mas visa "servir interesses imperiais" das "potências mundiais do G8". Num comunicado enviado à agência Lusa, a organização contestou a implementação dos programas de desenvolvimento agrícola "ProSavana" e "Nova Aliança para Segurança Alimentar e Nutricional" (NASAN), que Moçambique está actualmente a desenvolver com o apoio do Governo japonês. "Alertamos para a perigosidade de programas imperialistas como o Prosavana e o Nova Aliança, que irão destruir os sistemas de produção de camponeses e o carácter pluriactivo das famílias camponesas", refere a nota de imprensa da ADECRU. O NASAN é uma iniciativa conjunta dos países industrializados que compõe o G8 para o continente africano, que foi anunciado como solução para retirar 50 milhões de pessoas da condição de pobreza, através da partilha de tecnologias e acesso a financiamento, entre outras acções. Dos 20 países africanos convidados a subscrever o programa, apenas seis aceitaram a sua implementação, nomeadamente Moçambique, Burquina Faso, Costa do Marfim, Etiópia, Gana e Tanzânia. O programa de desenvolvimento agrícola ProSavana, que envolve Moçambique, Brasil e Japão, foi lançado em 2011, tendo uma área de intervenção de 10 milhões de hectares, ao longo do corredor de Nacala, no norte do país, que envolve 19 distritos das províncias de Niassa, Nampula e Zambézia. "A ADECRU responsabiliza o Governo e o Estado japonês pela crescente pressão sobre a terra, riscos iminentes de reassentamento forçados das populações e destruição de seus meios de vida, ao acesso à água, patrimónios culturais e todos os conflitos sócio ambientais causados, particularmente no corredor de Nacala", acusou a organização. O primeiro-ministro japonês a Moçambique visita Moçambique entre os dias 11 e 13 de Janeiro. Na sua primeira passagem pelo continente africano, Shinzo Abe visita ainda a Costa do Marfim e a Etiópia. Fonte: Lusa
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