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– 19-01-2014 |
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Cavalos à solta provocam acidentes rodoviários em todo o país
O acidente perto de Évora no dia de Natal, que causou quatro mortos e quatro feridos graves, foi o mais grave provocado por um cavalo em Portugal, mas por todo o país há registo de sinistros do mesmo género. O oficial de relações públicas do Comando de Évora da GNR, Rogério Copeto, que está a compilar os acidentes provocados por animais no ano passado, na área desta força de segurança, revelou à agência Lusa que, até Outubro de 2013, ocorreram 1.700 sinistros em todo o país, dos quais cerca de 50 envolveram cavalos. "O cão é o animal que provoca mais acidentes", mas, normalmente, "os danos são apenas materiais", enquanto uma colisão com um cavalo "é mais grave, devido ao porte" do animal, assinalou. O responsável precisou que, entre Janeiro e Outubro de 2013, registaram-se nove acidentes com cavalos no distrito de Faro, oito em Braga e em Beja e sete em Setúbal, tendo resultado, dos cerca de 50 desastres com equídeos, quatro feridos ligeiros. Nestas contas da GNR não entra o acidente perto de Évora, que aconteceu a 25 de Dezembro de 2013. A colisão, em que um automóvel ligeiro de passageiros embateu com um cavalo que atravessou a faixa de rodagem e, depois, com outro ligeiro que seguia em sentido contrário, ocorreu na zona de jurisdição da PSP. Também no distrito de Évora, perto de Reguengos de Monsaraz, a GNR registou, em meados de Dezembro, outro acidente provocado por um grupo de cerca de 20 cavalos que andava à solta por negligência do proprietário, que resultou em danos materiais no automóvel. Ainda esta sexta-feira, a Guarda identificou também 20 equídeos sem documentação e respectivo microchip, durante uma acção de fiscalização em Reguengos de Monsaraz, incorrendo os proprietários em coimas que variam entre os 250 e os 3740 euros por cada animal. Igualmente segundo a GNR, em Viana do Castelo, mas já incluídos os dados de todo o ano passado, contabilizou-se nove acidentes provocados por cavalos, sobretudo garranos, uma raça típica da região, criada por norma em regime de semi-liberdade, cuja presença na estrada costuma surpreender os automobilistas. Muitas vezes não é possível identificar os seus proprietários, nomeadamente quando os animais não possuem marcas que permitam essa identificação, disse fonte do comando de Viana do Castelo da GNR. Já este ano, no Algarve, a GNR registou o atropelamento de dois cavalos, tendo um deles sido trucidado por um comboio que fazia a ligação entre Faro e Olhão, enquanto o outro foi abalroado por um camião na mesma zona. Noutro caso ocorrido na semana passada, militares da GNR retiraram dez cavalos da Estrada Nacional 125, na zona de Faro e Olhão, adiantou uma fonte do Comando de Faro desta força de segurança. Várias famílias utilizam os campos próximos da estrada ou da linha do comboio [linha do Algarve] para deixarem os animais a pastar, mas, apesar de estarem presos, os cavalos rebentam as amarras e vão para as vias, podendo provocar acidentes, disse. Fonte: Lusa
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