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– 29-01-2014 |
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Produtores querem que figueira-da-Índia seja reconhecida como planta frutícola
Produtores de figo da Índia (tabaibo) lançaram uma petição "online" para que a figueira-da-Índia, semelhante a um cato, seja reconhecida como planta frutícola com interesse agrícola e económico para Portugal, disse à agência Lusa o mentor da petição. Mário Nunes, que é também presidente da Associação de Produtores Portugueses do Figo da Índia (APROFIP) esclareceu que a petição tem o intuito de divulgar as potencialidades da planta e do fruto, potenciar a criação de pomares de figueira-da-Índia e, a médio prazo, conseguir o desenvolvimento de unidades de transformação do fruto, da palma e das grainhas. A figueira-da-Índia, considerada uma planta invasora e característica das regiões semiáridas, já está a ser aproveitada industrialmente em vários países do mundo, sendo que, além do fruto, também a palma (folha) pode ser confeccionada como legume ou transformada em ração para animais e as grainhas podem ser usadas na indústria cosmética. Mário Nunes estima que existam entre 120 a 150 hectares de pomar de figueira-da-Índia em Portugal, a maioria ainda em fase de maturação, que deverá ser atingida entre 2015 e 2016, altura em que cada hectare poderá render 15 a 20 toneladas de fruto, que pode ser comercializado fresco ou transformado. A produtora algarvia Sofia Cabanita explicou à Lusa que o reconhecimento desta planta como frutícola facilitaria o acesso a apoios nacionais e comunitários à produção e, posteriormente, aos processos de transformação, industrialização e internacionalização. "Dizem que a figueira-da-índia é uma planta invasora, mas não é", afirmou a associada da APROFIP, frisando tratar-se de uma planta com propriedades benéficas para a saúde e que pode dar origem a vários produtos através do tratamento das suas folhas, flores e fruto. A petição, lançada em meados de Janeiro e até hoje com 296 assinaturas, só poderá ser entregue na Assembleia da República se forem recolhidas quatro mil assinaturas. No texto da petição lê-se que aquela planta "é já aproveitada industrialmente, em mais de 20 países da Europa, América do Sul e Norte, África e Médio Oriente" e está a ser aproveitada na Colômbia e no Brasil para a produção de biocombustível. Além da exploração agrícola e comercial, a petição sublinha a capacidade que esta planta tem no combate à desertificação, benefícios para a actividade apícola e no combate a incêndios. "Quando o fogo chega à planta, tende a afastar-se e não passa. É um corta-fogo autêntico", explicou Sofia Cabanita. Mário Nunes observou que em Arraiolos já existe uma unidade de transformação que criou um óleo cosmético para tratamento da pele. "Não há muitas unidades de transformação porque ainda não há fruto, mas vão existir", afirmou o produtor, convicto de que a fileira da figueira-da-Índia vai ser bem-sucedida a nível nacional. A APROFIP – que tem mais de cem associados, na maioria produtores com pomares de figueira-da-Índia, ainda em desenvolvimento -, está a preparar uma estratégia de promoção do figo-da-índia junto dos consumidores nacionais e uma proposta para distribuir o fruto nas escolas. Fonte: Lusa
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