Queima e abate de ?rvores amea?am floresta em Angola

 

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 –  12-03-2014

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Queima e abate de árvores ameaçam floresta em Angola

As queimadas e a apanha de madeira pela população para serragem, construção de casas e lenha causaram em dois anos e meio uma redução de 22% dos polígonos florestais do planalto central de Angola, revela um estudo oficial.

Na apresentação do estudo, o ministro da Agricultura de Angola, Afonso Pedro Canga, classificou a situação como "preocupante", anunciando que no próximo dia 23, para assinalar o Dia Mundial das Florestas, vai ser lançada a campanha de plantação de um milhão de árvores por ano na província do Huambo.

Realizado entre 2010 e 2012, o estudo do Ministério da Agricultura visou avaliar a situação actual e lançar um plano de acção para prevenção das queimadas e controlo da retirada de madeira de forma não sustentável nos polígonos florestais.

As plantações florestais dos polígonos do Cuima, Bunjei e Alto Chiumbo, na província do Huambo, são constituídas maioritariamente por eucaliptos, pinheiros e ciprestes, que em conjunto ocupam uma área aproximada de 148 mil hectares.

O estudo refere que as florestas recebem uma elevada pressão das populações que provocou perdas de 1.674 milhões de metros cúbicos de madeira em dois anos e meio.

Uma das conclusões a que chegou o estudo é que o corte de árvores tem motivação económica e que o uso de fogo pela população local é uma ferramenta muito utilizada, porém sem orientação das autoridades.

A situação é mais grave no Alto Chiumo (29%), seguindo-se o Cuima (17%) e o Bunjei (9%).

O documento chama a atenção para a gravidade da situação, alertando que se for mantida esta exploração de forma não sustentável, dentro de sete a oito anos os polígonos do Cuima, Bunjei e Alto Chiumo deixarão de existir.

O Plano de Gestão Florestal dos polígonos do planalto central assenta a sua estratégia na protecção, fiscalização e monitorização, que esperam poder reduzir a retirada de madeira de forma não sustentável, a exploração não sustentável em áreas de protecção e as actividades incompatíveis com a sua conservação.

Na década de 1970, começaram as plantações dos polígonos do planalto central angolano, com o objectivo de produzirem fonte de energia para locomotivas a vapor, travessas para a linha férrea, abastecer matéria-prima para a indústria de papel e celulose e ensaiar a introdução de novas espécies florestais.

A Direcção de Agricultura e Florestas, o Caminho de Ferro de Benguela e a Companhia de Celulose e Papel de Angola estiveram à frente da criação desses polígonos.

O sector florestal de Angola é constituído por cerca de 53 milhões de hectares de floresta natural (cerca de 43,3% da superfície territorial do país), dos quais 2,4 milhões de hectares correspondem a floresta densa húmida, com importantes recursos, sobretudo no sector das madeiras, pelo que apresenta um elevado potencial a nível florestal.

O consumo doméstico do carvão representa cerca de 56,8% do consumo de energia total, estimando-se que o país apresente uma necessidade produtiva de 500 mil metros cúbicos de madeira em toro.

Actualmente, as províncias de Cabinda, Uíge e Bengo são os principais núcleos madeireiros do país, com uma produção média anual em toro de 30 mil metros cúbicos.

Fonte:  Lusa


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