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– 08-09-2014 |
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Açores:
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Os vinhos do Pico, nos Açores, mais do que duplicaram de preço em cinco anos, nos mercados para onde são escoados, segundo declarou à agência Lusa o presidente da associação empresarial da ilha.
"Neste momento, a grande aposta são os vinhos brancos. Nos últimos cinco anos, mais do que duplicamos o preço dos vinhos. Ou seja, uma garrafa de vinho saía do produtor a pouco mais de três euros e, agora, atinge seis euros, e algumas até sete euros", disse Daniel Rosa.
O dirigente da ACIIP exemplificou que foi desenvolvido, no ano passado, um trabalho com o enólogo António Maçanita, da empresa Fita Preta Vinhos, que produziu um vinho que está ser comercializado a 60 euros, por garrafa, em restaurantes europeus com estrelas Michelin.
O empresário explicou que o papel da Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico (ACIIP) tem vindo a desenvolver é de promoção dos vinhos da "ilha montanha" dos Açores no mercado nacional, realizando mostras e associando-os à gastronomia, através de uma parceria com a Escola de Formação Turística e Hoteleira de Ponta Delgada.
Daniel Rosa frisou que o objectivo é a "valorização dos vinhos", que são produzidos numa zona classificada há dez anos como património da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
"Estivemos em Lisboa, há bastante pouco tempo, numa prova cega em que estiveram presentes dos melhores enólogos e críticos de vinhos do país, e os nossos produtos saíram-se muito bem", revelou.
Por seu turno, o presidente da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores (CVRA) destacou que os vinhos do arquipélago, que possuem "qualidade em todas as ilhas" em que são produzidos, têm vindo a registar uma procura crescente em termos comerciais.
O dirigente acentuou que a maior procura é dos vinhos do Pico, devido à extensão da zona de vinha, o que se traduz em maior volume de produção.
"Os vinhos dos Açores são cada vez mais procurados devido à sua tipicidade, singularidade e ao facto de sermos uma região muito específica, com castas próprias, com condições de solo e clima singulares", disse à agência Lusa.
Paulo Machado considerou mesmo que há um "despertar por parte do consumidor mais atento e exigente para produtos diferentes", como é o caso dos vinhos açorianos.
"Este despertar é nacional e mesmo internacional. Nos últimos tempos, têm passado por cá pessoas de outros países, ligadas ao sector, que têm apreciado os nossos vinhos", declarou.
O presidente da CVRA referiu que os vinhos brancos são os que registam melhor saída em termos comerciais, sendo produzidos com castas tradicionais da região, como o Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantez do Pico.
Neste momento, existem 25 marcas de vinho nos Açores, distribuídas pelos tintos, brancos, rosé e licores.
Actualmente, os vinhos do Pico, e açorianos em geral, são exportados para o denominado "mercado da saudade" dos EUA e Canadá, alguns países europeus e Macau, além de serem vendidos nos mercados regional e nacional.
Fonte: Lusa
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