Indústria de pesticidas formou 66 mil agricultores em cinco anos

Setor investiu um milhão de euros para formar produtores e técnicos agrícolas, para a utilização adequada deste tipo de produtos, revela um balanço da Anipla

Nos últimos cinco anos, a indústria produtora de fitofármacos, vulgarmente conhecidos como pesticidas, investiu um milhão de euros em formação, tendo envolvido 66 mil agricultores e técnicos, de acordo com a Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA).

Se tivermos em conta o último censo agrícola do Instituto Nacional de Estatística, havia cerca de 314 mil agricultores em Portugal, em 2019. Por aproximação, pode estimar-se que 20% receberam este tipo de formação, mas não tem diretamente a ver com os cursos exigidos por lei para a atribuição de licenças a quem quer comprar, aplicar ou transportar determinados químicos usados na agricultura.

Parte do esforço para tornar os fitofármacos (onde se incluem fungicidas, herbicidas e inseticidas, por exemplo) mais compatíveis com as boas práticas agrícolas – para proteção da saúde e preservação do ambiente – é apontado pela Anipla como sinal do seu compromisso para com o Pacto Ecológico Europeu, com o qual os órgãos sociais recém-eleitos da associação terão de lidar ao longo do novo mandato.

O contexto é adverso para este tipo de indústria, tendo em conta que as metas europeias preveem o corte de 50% no uso de pesticidas nos próximos oito anos, embora seja uma ambição que a presidente da Anipla, Felisbela Torres Campos – reconduzida no cargo, diz apoiar.

“[A Anipla] está comprometida com o desenvolvimento de tecnologias agrícolas sustentáveis, comprometendo-se a desempenhar o seu papel na inovação, apoiando os agricultores e a produção de alimentos.”

No entanto, ao Dinheiro Vivo, a dirigente sublinha que as metas europeias remetem a indústria “para a necessidade de explorar e debater as diferentes exigências fitossanitárias de cada […]

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