Como se prepara uma aldeia serrana para combater o fogo

A população da Cadaveira, em Águeda, terá a partir deste sábado mais condições para se defender dos incêndios florestais.

A área florestal a perder de vista faz os habitantes da Cadaveira, em Águeda, temerem todos os verões que um incêndio se aproxime das suas habitações. Até porque já não sabem quantos sustos apanharam. Mas, a partir de hoje, o lugar da freguesia de Valongo do Vouga integra o programa nacional “Aldeia segura, pessoas seguras”. E vai mais longe: com o investimento das autarquias locais, a Cadaveira passa a estar dotada de três bocas de incêndio para que a população se possa defender com meios próprios.

São apenas 16 os que vivem na Cadaveira. Nem uma dezena de casas habitáveis existe e a povoação mais próxima está a dois quilómetros, com acesso apenas por estradas florestais. Isolados, não há verão em que os moradores não estejam em sobressalto. “Durmo, mas nunca sossegado. Tenho de estar à defesa, a pensar se vem um fogo. Está-se sempre a pensar o pior”, conta Jorge, um morador que já viu parte da aldeia tomada pelas chamas, em 1972, quando uma mulher morreu carbonizada no interior da própria casa. […]

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