Espanha enfrenta há cinco dias “calor extremo”, com recordes de temperaturas para o mês de junho que estão a provocar incêndios que já queimaram mais de 13 mil hectares e obrigaram a deslocar milhares de pessoas, segundo as autoridades.
O maior incêndio já queimou 9.000 hectares na serra da Culebra, em Zamora, na região de Castela e Leão, na fronteira com o distrito de Bragança.
Oito aldeias, com cerca de 650 pessoas, foram evacuadas nesta região, por precaução, uma vez que as chamas não entraram em povoações.
No lado leste do país, na Catalunha, fogos em Lérida já afetaram também mais de 2.000 hectares, segundo dados oficiais.
Por outro lado, um incêndio em Toledo, na região de Castela-Mancha, no centro de Espanha, obrigou à retirada hoje de mais de 3.000 pessoas de um parque de atrações.
Espanha está há cinco dias consecutivos sob uma onda de calor, que as autoridades do país designam como “extremo”, com temperaturas a superar os 40 graus em diversos pontos do país e mínimas que se mantêm acima dos 25 graus.
As autoridades espanholas preveem que esta onda de calor se mantenha até domingo, dia em que as temperaturas devem cair até 12 graus.
Segundo a Agência Estatal de Meteorologia espanhola (Aemet), no domingo deverá entrar pelo norte da Península Ibérica ar fresco do Atlântico que causará a descida das temperaturas.
As temperaturas registadas nestes dias são consideradas extremas e pouco habituais para a primeira quinzena de junho.
Foram batidos recordes de máximas para junho em alguns pontos de Espanha e há casos em que “estão a registar-se muitas temperaturas que superam as mais altas medidas no período de referência 1981-2010, o que dá conta do caráter extremo desta onda de calor”, afirmou hoje o portavoz da Aemet, Ruben del Campo, citado pela agência de notícias EFE.
O calor faz com que quase todo território espanhol esteja sob risco extremo de incêndio.
Segundo as autoridades, vários fogos, como o de Zamora, tiveram origem em trovoadas secas aliadas às altas temperaturas.