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Projetos do IVDP apontados como exemplo no primeiro estudo sobre sustentabilidade apresentado no Parlamento Europeu

Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. representa a Região Demarcada do Douro em seminário europeu por onde passam os sucessos e os desafios das denominações de origem, num momento que serve também para apurar, país a país, o estado da arte no domínio da sustentabilidade no setor

O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I. P. (IVDP, IP) tem em marcha no domínio da sustentabilidade várias iniciativas, algumas das quais são apontadas como exemplares no mais recente estudo europeu sobre o atual panorama nas regiões vitivinícolas demarcadas de França, Alemanha, Espanha, Itália e Portugal.

Foi a apresentação desse estudo, promovido pela Federação Europeia de Vinhos de Origem (European Federation of Origin Wines, EFOW) e pela Associação dos Viticultores Alemães (Deutscher Weinbauverband e.V., DWV), bem como o debate sobre a revisão da política da União Europeia relativa às indicações geográficas, que levou uma representação do IVDP, IP esta terça-feira a Estrasburgo (França) para participar num seminário organizado conjuntamente com vários eurodeputados da União Europeia (UE).

“As práticas mais sustentáveis são, também na atualidade, crescentemente impulsionadoras e orientadoras de compra para consumidores cada vez mais conscientes. E o tema está na ordem do dia, tanto na esfera da opinião pública como no topo das prioridades estratégicas do setor”, sublinha Gilberto Igrejas, presidente do IVDP, IP.

É, aliás, isso mesmo que constata o “Study on the state of play of sustainability initiatives in the wine appellation sector”, da autoria da Arcadia International, uma consultora global especializada na cadeia de valor agroalimentar. O relatório apresentado elenca a multiplicidade de 158 iniciativas levadas a cabo, em execução ou a desenvolver pela fileira e, também, as linhas de trabalho que estão ativas e as recomendações para reforçar a dinâmica sustentável.

Das conclusões extrai-se que as denominações de origem da UE estão na vanguarda da transição ecológica, uma vez que a respetiva produção está enraizada em áreas específicas e ancestrais, com muito saber-fazer acumulado. Por outro lado, sublinha-se que os organismos responsáveis pela gestão das regiões demarcadas, como o IVDP, IP, têm um papel importante a desempenhar, incluindo a promoção de práticas cada vez mais sustentáveis.

A este propósito foi sublinhado pelos deputados do Parlamento Europeu a importância do reforço da proteção jurídica das Denominações de Origem e o seu papel relevante na economia dos territórios e das suas populações.

O caso português

Mas, afinal, qual é o estado da arte em Portugal ao nível da sustentabilidade? Segundo o estudo da Arcadia International, o nosso País exibe “ainda um baixo número” de iniciativas indutoras do conceito no terreno. Mas o volume “está a crescer” e, no último ano, foram mesmo vários os projetos a merecer destaque.

A implementação de planos inteligentes de sustentabilidade na Região Demarcada do Douro (RDD), que inclui o cálculo da pegada de carbono e a gestão otimizada dos recursos hídricos, é uma das iniciativas em curso. Foi ainda lançada em 2021, em sede da Declaração pela Sustentabilidade, um documento de trabalho aberto aos mais diversos contributos, através de revisões periódicas, que pretende constituir-se como um referencial dinâmico, a espelhar permanentemente as aspirações do tecido produtivo, a evolução perdurável do Território e o respeito pelas aspirações das suas gentes.

“A promoção da aplicação de princípios de sustentabilidade na produção e comercialização dos vinhos da região do Douro são uma aposta do IVDP, IP. É um caminho que está – e vai – ser percorrido ao encontro dos consumidores, de mão dada com as empresas que percebem os benefícios que resultam das estratégias mais ecológicas, e em prol da própria região no seu todo, num permanente esforço de adaptação, a pensar nas gerações vindouras “, remata o presidente do IVDP, IP Gilberto Igrejas.


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