O incêndio que lavra desde quinta-feira nos concelhos da Guarda e de Belmonte (Castelo Branco) e originou o corte da autoestrada A23, foi dominado pelas 18:47, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
“[O fogo] foi dominado pelas 18:47. Estão agora a decorrer operações de consolidação e de rescaldo e de arrefecimento dos pontos quentes”, disse a fonte do CDOS da Guarda.
O incêndio deflagrou às 14:11 de quinta-feira, na freguesia de Benespera (Guarda), numa zona de mato, e evoluiu para o vizinho concelho de Belmonte, no distrito de Castelo Branco.
Devido ao fogo, na quinta-feira, o trânsito na autoestrada A23 (Guarda/Torres Novas), chegou a estar cortado entre os nós de Benespera e de Belmonte e de Caria (Belmonte) e Benespera, tendo a circulação rodoviária sido efetuada pela Estrada Nacional 18.
De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 19:30, estavam no local 186 operacionais, apoiados por 60 viaturas.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, disse à Lusa que o fogo chegou a estar “quase circunscrito” durante a madrugada, mas devido ao vento as chamas continuaram a progredir.
O autarca referiu que a operação de rescaldo e de consolidação e vigilância “é importante”, para que as populações, principalmente as da localidade de Vendas da Vela, pertencente à freguesia de Vela (Guarda), fiquem mais tranquilas.
O responsável disse que assiste a este tipo de ocorrência com “preocupação”, dado que as chamas chegaram a estar “a menos de 50 metros de algumas casas”, tal como aconteceu no último fim de semana na localidade de Rapoula, após o incêndio que deflagrou na freguesia de Arrifana.
Como o país se encontra em alerta máximo, o autarca apela aos habitantes do concelho da Guarda que “evitem a todo o custo tomar qualquer iniciativa que possa levar à propagação de fogo” e que não façam limpezas com meios mecânicos, optando pelos manuais.
Também pede que seja reforçada a vigilância e que cada um aposte na “auto-vigilância” e que, “ao mais pequeno sinal, se avisem as autoridades”.