Com Portugal a arder e 57 meios aéreos, Portugal precisou de voltar a pedir auxílio a Espanha para reforçar a capacidade. Anualmente o país gasta em aluguer de aeronaves o suficiente para ter cinco parelhas em disponibilidade permanente
Cinquenta milhões de euros por ano: é este o valor, médio, que Portugal gasta em operações aéreas no combate aos incêndios. E só em 2023 é que o país terá o primeiro avião próprio para apagar fogos rurais. Acontece que os bombeiros criticam a opção e a escolha.
Desde 2019 que Portugal discute a aquisição de meios aéreos próprios. O ano passado, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução para a compra de 12 helicópteros e 2 aviões bombardeiros anfíbios pesados.
A escolha recaiu sobre o Canadair Cl 415, com capacidade para cinco mil litros de água, adiantou ao Expresso fonte da aeronáutica civil. “Cada aparelho destes custa €30 milhões de euros”, revela um oficial da Força Aérea, a quem cabe a aquisição. Estes dois aviões, com capacidade total para 10 mil litros de água, “precisam de 1100 metros para descolar, com barragens e rios com obstáculos e no mínimo da capacidade, o que dificulta a operação”, acrescenta este piloto aviador.
A alternativa são os Fire Boss, um modelo produzido pela Air Tractor, “anfíbio, mas que pode ser abastecido em terra com 3 mil litros de água e que precisa apenas de 300 metros para descolar”, explica o aviador. Comprado novo, explica o militar, “é uma aeronave que custa 3 milhões de euros”.
Na prática “o dinheiro de um só Canadair dá para comprar 10 Fire Boss, que permitem um ataque em carrossel, manobra em que várias aeronaves […]