A GNR indicou hoje que a situação na A1, em que automobilistas circularam naquela autoestrada cercada pelas chamas e sem visibilidade, resultou “da repentina evolução do fogo” e “coincidiu com o momento da indicação para o corte”.
Imagens captadas por um jornalista da TSF, ao início da noite de quarta-feira na zona de Aveiro, mostram chamas a ladearem a A1 antes de a autoestrada ter sido cortada ao trânsito e onde não existia qualquer visibilidade para os automobilistas.
Numa resposta enviada à Lusa sobre os motivos da via não ter sido cortada mais cedo, a Guarda Nacional Republicana refere que àquela hora estava “a monitorizar o estado do incêndio então em curso e a iniciar os procedimentos necessários à materialização dos cortes” daquela autoestrada e de outras vias, designadamente A25, A29 e estradas nacionais.
“A situação em causa resultou da repentina evolução do fogo que coincidiu com o momento em que houve a indicação para o corte da via, tendo sido alocados militares da Guarda para materializar os referidos cortes de via acima mencionados”, refere ainda a GNR.
No ‘briefing’ à comunicação social para apresentar o ponto de situação dos incêndios que lavram no país, realizado às 12:00 na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o comandante nacional, André Fernandes, foi questionado sobre esta situação, tendo respondido que a “A1 foi cortada” e que “um corte de uma autoestrada não é algo que seja fácil de se implementar”, existindo um tempo de resposta desde que é dada a indicação.
“Desde que foi dada indicação à GNR para fazer o corte, quer a GNR, quer a Brisa, fizeram o corte no tempo que é normal para estas situações”, disse André Fernandes.
O incêndio que começou na quarta-feira à tarde em Oliveira de Azeméis e chegou ao concelho de Albergaria-a-Velha, em Aveiro, obrigou ao corte da estrada entre os nós de Estarreja e Aveiro Norte.