O registo da propriedade “é absolutamente fundamental se nós quisermos transformar estruturalmente a floresta”, declarou o primeiro-ministro, António Costa. A declaração surgiu à margem da sessão de apresentação do balanço do Sistema de Informação Cadastral Simplificado e o Balcão Único do Prédio (BUPi),
Citado em comunicado, o responsável nota que “só transformando estruturalmente a floresta é que nós vamos diminuir, de uma forma sustentada, o risco de incêndio”. António Costa relembrou que o Sistema de Informação Cadastral Simplificado começou a ser implementado em 2017, em oito municípios da região de Pedrogão e dois da região Norte, tendo sido generalizado em 2019.
Após dois anos de poucos avanços, devido a covid-19, o primeiro-ministro revela que tem havido agora “um crescimento muito significativo das áreas de georreferenciação das propriedades”. Sendo ainda que “todas as áreas florestais que estão devidamente tratadas” têm tido uma percentagem ínfima de área ardida, quando comparadas com as áreas florestais que não estão devidamente tratadas.
António Costa declarou ainda que País tem de “reintroduzir riqueza na floresta para que a floresta deixe de ser uma ameaça e passe a ser um grande ativo”.
Entre os vários exemplos de valorização da propriedade florestal, o responsável referiu o mecanismo “de pagamento de uma renda por manutenção do ecossistema” e do arvoredo, por se tratar de “um fator fundamental” na absorção de carbono, contribuindo assim “para a neutralidade carbónica”.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.