A Gestão de Projectos na implementação de Sistemas de Gestão da Segurança Alimentar – Pedro Santos

Um projecto, conceptualmente, pressupõe uma mudança ao nível estrutural, organizacional ou de cultura de uma empresa, baseada num determinado âmbito que visa incrementar a produtividade, baixar os custos e satisfazer os clientes. O que fazemos é apoiar o cumprimento destes objectivos, partindo do princípio que os métodos de gestão deverão ser claros e simples.
Em termos teóricos, o conceito de gestão de projectos está estruturado em três níveis diferentes: integração, estratégico e táctico.

Na integração, situamos as premissas em que deverá assentar a gestão do projecto, o que corresponde a questionar o porquê da realização do mesmo. Neste ponto deverá definir-se a finalidade do projecto e analisar-se se este se enquadra na estratégia da organização.
O nível estratégico representa as acções a preconizar para que o projecto atinja a finalidade previamente definida. Neste nível definimos qual o âmbito do projecto, i.e., o conjunto de trabalhos a realizar para que a finalidade seja atingida. Geralmente a realização dos projectos ocorre em cinco fases: arranque, planeamento, execução, controlo, e encerramento.
Ao nível táctico são definidas as técnicas e ferramentas usadas no projecto.

Naturalmente, o planeamento dos projectos tem que ter em conta a realidade das empresas, e deverão ser tidas em conta as pessoas que vão constituir a equipa de projecto, atribuindo responsabilidades em conformidade com as características técnicas e humanas de cada um.

A implementação de Sistemas de Gestão da Segurança Alimentar nos sectores agro-alimentar e agrícola reveste-se, de facto, de alguma sensibilidade, pois são projectos de particular importância estratégica, cujo sucesso depende, em grande medida, da capacidade de alterar “mentalidades” ao longo de toda a estrutura orgânica da empresa.
Para além disso, acresce o facto da abordagem inicial destes Sistemas ser geralmente efectuada com enormes reservas. Há uma tendência intrínseca para sobrevalorizar os receios associados ao aumento da documentação a processar, às dificuldades que irão surgir na reformulação de procedimentos, ao crescimento dos encargos com recursos humanos ou com consultores e à morosidade do processo.
Enquanto consultores, procuramos transmitir a cada cliente, e em cada projecto, uma visão externa e independente que seja capaz de motivar equipas, transportando experiência e objectividade nos trabalhos desenvolvidos. Nesse sentido, somos “obrigados” a ter ao nosso dispor um conjunto de ferramentas e de processos que são postos ao serviço dos projectos de modo a atingir os objectivos propostos no início dos mesmos.
A nossa experiência de aplicação de Gestão de Projectos na Implementação de Sistemas HACCP, BRC, IFS ou da Norma ISO 22000 em adegas, lagares, queijarias, salsicharias, centrais horto-frutícolas e na restauração demonstrou claros benefícios na eficácia e mesmo na qualidade dos projectos, traduzindo-se num desempenho superior ao nível económico e comercial das empresas.

Pedro Miguel Santos
Director-Geral da CONSULAI


Publicado

em

por

Etiquetas: