O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, enviou uma mensagem de solidariedade ao seu homólogo de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestando “profunda dor e preocupação” pela vaga de incêndios que assolam o país europeu, anunciou hoje a Presidência moçambicana.
“É com sentimento de profunda dor e preocupação que acompanhamos o desenrolar dos acontecimentos em Portugal, onde em consequência de intenso calor que se faz sentir nesta altura do ano, vidas se perdem e mais de 40 mil hectares de florestas, habitações e infraestruturas sociais e económicas, incluindo meios de combate contra incêndios, estão a ser destruídos pelos incêndios”, refere uma nota divulgada hoje pela Presidência moçambicana.
Filipe Nyusi dirigiu palavras de louvor ao povo português, ao Governo de António Costa e sobretudo às autoridades de proteção civil, bombeiros e outros intervenientes, pelo “incansável trabalho que tem permitido reduzir a perda de vidas humanas e mitigar os catastróficos danos materiais, neste momento difícil e de desolação”.
“Quero, em nome do povo, do Governo da República de Moçambique e no meu próprio, transmitir a nossa solidariedade e condolências aos familiares das vítimas mortais dos incêndios florestais”, lê-se no texto.
Portugal continental passou este domingo para situação de alerta, o nível de resposta mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, depois de ter estado durante sete dias em situação de contingência (nível intermédio entre alerta e calamidade), devido ao risco extremo de incêndio rural e elevadas temperaturas.
A situação de alerta prolonga-se até às 23:59 de terça-feira, dia em que voltará a ser reavaliada a situação.
Os incêndios florestais consumiram este ano 43.721 hectares, cerca de 30.000 dos quais desde 08 de julho, segundos dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Desde dia 07, os fogos provocaram um morto (o piloto de uma aeronave de combate aos fogos que se despenhou), cinco feridos graves, 109 feridos ligeiros e 95 pessoas assistidas.
Desde o dia 08, quando começaram a deflagrar os incêndios de maior dimensão, 960 pessoas foram retiradas das suas casas e 431 abrigadas nas zonas de concentração e apoio à população, tendo a maioria já regressado às suas habitações.