O incêndio que lavrou vários dias na serra do Marão, nos concelhos de Baião e Amarante, no distrito do Porto, deverá traduzir-se numa área ardida de 1.000 hectares, estimou hoje a autarquia de Amarante.
Segundo o município, os dados “não são oficiais”, porque o levantamento está ainda a ser realizado, em conjunto com Baião.
À Lusa, fonte do município indicou que a área ardida afetou sobretudo zonas de matos no lado de Amarante, nas freguesias de Carneiro e de Bustelo.
Durante o dia, acrescentou, ainda se realizaram trabalhos de rescaldo e vigilância, para evitar reacendimentos.
Aquele incêndio começou ao início da manhã de quinta-feira, do lado de Baião, em Teixeira, avançando depois para Amarante, primeiro em Carneiro e depois em Bustelo.
A aldeia de Mafómedes, em Baião, chegou a estar em risco.
O incêndio foi dado por dominado no domingo, após o trabalho de centenas de bombeiros e vários meios aéreos.
Olhando para o que aconteceu, a fonte refere que se juntaram vários fatores que dificultaram o combate, nomeadamente “ventos de leste, altas temperaturas e período de seca”.
“As chamas lavraram quase sempre em áreas de difícil acesso, mas a ação de combate surtiu efeito. Apesar de tudo correu bem, por foi possível evitar o contacto com as habitações.
Do lado de Baião, estima-se uma área ardida superior a 500 hectares, sobretudo zonas de mato, em território de baldios.
Nas operações, até domingo, estiveram centenas de bombeiros e vários meios aéreos.
O vice-presidente da Câmara, Filipe Fonseca, disse hoje à Lusa que o declive acentuado do terreno e os ventos fortes foram os fatores que mais dificultaram o trabalho dos bombeiros.
“No combate, a nossa preocupação foi proteger a aldeia de Mafómedes, que chegou a estar ameaçada, e as zonas de floresta, o que foi conseguido”, reforçou.