Portugal continental tinha às 19:00 de hoje cinco incêndios ativos, sendo o mais grave o que se regista no concelho de Murça, Vila Real, no dia em que se registaram 83 ocorrências, informou a Proteção Civil.
O balanço foi hoje feito pelo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras.
O responsável disse que no dia de hoje se registaram mais incêndios do que na terça-feira (65), ainda que fosse um dia sem “grandes ocorrências”, e que o fogo de Murça está em 80% consolidado, esperando-se que se consiga estabilizar a totalidade na próxima noite. “É expectável que durante esta noite se consiga estabilizar o resto do incêndio”, disse.
À hora do balanço, disse, André Fernandes, não havia localidades ameaçadas pelos incêndios e também não estava cortada qualquer via rodoviária pelo mesmo motivo. As medidas de reforço empenhavam 26 grupos, num total de 875 bombeiros, e oito pelotões de militares.
Quanto a pessoas que precisaram de algum tipo de assistência médica os números indicam que desde dia 07 foram feitas 224 assistências, e que há a registar seis feridos considerados graves e três mortes (mesmos números de terça-feira).
No incêndio de Murça, que começou há três dias, estão empenhados 827 operacionais, com 278 veículos e oito meios aéreos. Das pessoas deslocadas devido ao incêndio a maior parte, disse o responsável, já regressou a casa, sendo que não há danos em habitações mas apenas em “anexos e arrumos”.
Nas operações de rescaldo e de vigilância de 24 incêndios estão ainda 655 operacionais.
Questionado pelos jornalistas, o comandante da ANEPC salientou que o risco de incêndio vai manter-se alto e muito alto nos próximos dias em quase todo o país.
Desde 08 de julho e até hoje o dia que registou mais incêndios, 193, foi o dia 13, que foi também dos mais quentes do ano.
André Fernandes lembrou que devido à situação de alerta se mantém proibido o acesso e circulação em espaços rurais e florestais definidos nos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, a proibição da realização de queimas e queimadas e de trabalhos em espaços florestais, e a proibição de utilização de fogo-de-artifício.