Será mesmo preciso dizer quem é o anti-D. Sebastião das florestas, o tal vilão que tem as costas largas e a quem se imputam todos os problemas?
Os portugueses são conhecidos, e provavelmente com alguma justiça, pelo sebastianismo, a crença numa figura providencial que chegará num dia de nevoeiro para nos salvar. Essa faceta está mais do que identificada. O_que ainda ninguém disse, julgo, é que, tal como precisamos dessa figura messiânica, também precisamos do seu contrário: uma espécie de “anti-D. Sebastião” para cima de quem deitar todas as culpas. No plano ideológico, esse papel odioso é hoje desempenhado por Salazar, a quem se imputam todos os defeitos e perversidades.
Estando nós em tempo de fogos, ocorreu-me que o D. Sebastião das florestas portuguesas não são os […]