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Xavier Viegas: “Nestas condições é francamente mais difícil” o combate aos fogos

O especialista em incêndios Xavier Viegas lembra que, apesar de a área ardida deste ano ser já mais do dobro do que em todo o ano de 2021, “não é muito certo estar a comparar dois anos em concreto”. Ordenamento da floresta deveria contar com mais espécies autóctones.

Portugal continental está em situação de alerta devido aos incêndios que lavram durante as últimas semanas no território. A Protecção Civil tem vindo a alertar para o risco alto e muito alto de incêndio que se deverá manter nos próximos dias. O investigador Domingos Xavier Viegas, especialista em incêndios florestais da Universidade de Coimbra, que coordenou os estudos pedidos pelo Governo sobre os fogos de 2017 e integrou o Observatório Técnico Independente, explica que é preciso trabalhar na prevenção e ter um ordenamento diferente da floresta, com mais espécies autóctones em detrimento das de natureza mais inflamável.

Já arderam quase 58 mil hectares este ano, mais do dobro do que em todo o ano de 2021. Porquê esta diferença face ao último ano?
Não é muito certo estar a comparar dois anos em concreto porque são anos muito diferentes dos outros. O importante é olhar para a tendência e é evidente que há anos que se salientam, como foi o caso de 2017. Mas depois o que pode acontecer é termos anos francamente bons, como foi 2021, em que as condições climáticas e meteorológicas foram favoráveis e conseguiu-se manter a área ardida em valores baixos.

Este ano, infelizmente, a área já vai muito elevada e isso deve-se, antes de mais, às condições meteorológicas em que estamos. Por um […]

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