Mais de 2.500 bombeiros apoiados por 17 helicópteros combatiam hoje o incêndio “explosivo” que continua a propagar-se rapidamente nas colinas do centro da Califórnia, perto do famoso Parque Nacional de Yosemite, nos Estados Unidos.
O incêndio, apelidado de “Oak Fire”, começou na sexta-feira perto da pequena cidade de Midpines e já percorreu cerca de 7.000 hectares de vegetação, de acordo com o último relatório disponível na noite de segunda-feira.
O maior incêndio florestal californiano da temporada, “está a avançar muito rapidamente e a janela de reação para retirar as pessoas é limitada”, explicou ao canal CNN Jon Heggie, responsável pelos bombeiros californianos.
Segundo o especialista, a velocidade de progressão e o comportamento deste incêndio são “verdadeiramente inéditos”.
O incêndio deflagrou na sexta-feira a sudoeste do parque, perto da cidade de Midpines, no condado de Mariposa, e as autoridades descreveram um cenário de “fogo explosivo” no sábado, quando as chamas atingiram a vegetação seca causada pela pior seca nas últimas décadas.
Face à gravidade do fogo, foram emitidas ordens a mais de 6.000 pessoas, que vivem numa extensão de vários quilómetros no sopé da Sierra Nevada, para deixarem as suas habitações e o governador Gavin Newsom decretou o estado de emergência para o condado de Mariposa.
As chamas destruíram pelo menos 10 estruturas residenciais e comerciais e danificaram outras cinco, disse o Cal Fire, avançando ainda que várias estradas foram encerradas, incluindo a State Route 140 entre Carstens Road e Allred Road – uma das principais vias de acesso ao Yosemite.
A Califórnia tem sofrido incêndios cada vez maiores e mais mortais nos últimos anos, uma vez que as alterações climáticas tornaram o Ocidente muito mais quente e seco nos últimos 30 anos.
Os cientistas afirmaram que o tempo continuará a ser mais extremo e os incêndios florestais mais frequentes, destrutivos e imprevisíveis.