Nos novos bioestimulantes são as algas que ajudam as plantas a crescer

Empresas de produtos para a agricultura, como a Timac Agro, na costa da Bretanha, apostam nos bioestimulantes para conseguir que as plantas se desenvolvam sem fertilizantes químicos.

À nossa volta, as plantas deslizam em tapetes rolantes, como numa linha de montagem, num sofisticado sistema robotizado. Num determinado momento, recebem uma pulverização com um bioestimulante, aplicado de forma rigorosa. Aqui, no Centro Mundial de Inovação do Grupo Roullier, ao qual pertence a empresa de produtos para a agricultura Timac Agro, em Saint-Malo, Bretanha, Norte de França, tudo é controlado com um detalhe que vai até à dimensão de cada gota na folha da planta.

Só assim é possível medir o verdadeiro impacto do bioestimulante nos diferentes tipos de plantas, ao mesmo tempo que se pode alterar outros factores como o tipo de solo ou o clima, explica o director de investigação e desenvolvimento (I&D), Sylvain Pluchon, orgulhoso de uma tecnologia que, diz, só existe aqui. Os dados recolhidos são depois analisados para monitorizar o crescimento da planta e o número de folhas e de flores que nela surgem.

“Os nutrientes vão viajar através da planta”, descreve Frank Jamois, director dos laboratórios de análise. O produto – que faz parte da nova gama não química da Timac Agro, a ADN (Aumento, “Destress” e Nutrição) – é colocado no solo, passa pelas raízes e é transportado depois para outros órgãos da planta. “Há genes que estão envolvidos na transferência dos elementos nutritivos do solo para as raízes e destas para as folhas e para os frutos. É toda esta combinação que permite à planta crescer. Há muitos genes específicos aplicados na deslocação de um nutriente de um órgão para outro. No conceito de ADN, vamos estimular esses genes, permitindo à planta desenvolver-se por si mesma. Não damos os nutrientes, ajudamos a planta a fazê-lo.”

Na base deste produto estão as algas (além de bactérias, fungos e outros microorganismos) colhidas na costa da Bretanha, onde existem cerca […]

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