Governo: Áreas de gestão da paisagem no Pinhal Interior contribuem para defesa da floresta

A criação das Áreas Integradas de Gestão da Paisagem para Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande e Pampilhosa da Serra vai contribuir para a defesa da floresta contra incêndios, disse o Secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas, João Paulo Catarino, na assinatura de um protocolo entre a FlorestGal e os municípios de Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande e Pampilhosa da Serra.

«Se precisássemos de alguma prova, os incêndios de 2022 vieram provar que não basta termos os combustíveis geridos, porque a severidade dos incêndios é cada vez maior. Nos territórios do Pinhal Interior, já é assim desde 2003. Queremos fazer de forma diferente. Não queremos colocar dinheiro em cima de um problema, mas resolvê-lo de uma forma estrutural», acrescentou, na cerimónia realizada em Figueiró dos Vinhos.

O acordo de colaboração irá permitir a elaboração das Operações Integradas de Gestão da Paisagem, no âmbito das Áreas Integradas de Gestão da Paisagem, que contam com o financiamento total do Plano de Recuperação e Resiliência.

João Paulo Catarino disse que o problema da floresta terá de ser resolvido «com o apoio da agricultura e de todos os outros usos». «Percebemos, com o minifúndio que temos, que só com uma gestão agregada e em escala» é que é possível fazer uma gestão de conjunto «destas áreas significativas. Estamos a falar de 7000 hectares nestas três Áreas Integradas de Gestão da Paisagem, onde o Estado, por via do Governo e do PRR, apoia a 100% essa transformação, desde que o projeto contribua para esse fim e que os proprietários se mobilizem para essa transformação acontecer».

O Secretário de Estado afirmou ainda que a vantagem deste projeto é ser uma intervenção numa área significativa e não em microparcelas. «Isto ajuda-nos depois a defender esta área da floresta contra incêndios e, depois, a conseguir compartimentá-la com uma cultura agrícola ou com uma faixa de interrupção de combustível ou com outra cultura que nos ajude a criar este mosaico tão importante para que os incêndios não tenham uma progressão tão acelerada».

Por seu lado, os proprietários terão um rendimento durante os primeiros 20 anos, cujo valor dependerá de cada projeto.

João Paulo Catarino sublinhou ainda que esta modificação da paisagem também ajudará Portugal a atingir as metas de sequestro de carbono. «Só conseguiremos atingir esse objetivo se continuarmos a aumentar a nossa área florestal, para aumentar a capacidade de sequestro» de carbono.

«Por esta via, também é legítimo que os proprietários tenham algum apoio, porque estão a sequestrar carbono e a produzir oxigénio. Estão a fazê-lo em solo privado, com interesse tanto para o proprietário, como para o País, como para o planeta. Por isso, é legítimo que o possamos compensar por isso», concluiu.

Nota enviada pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática.


Publicado

em

, , ,

por

Etiquetas: