A escolha é nossa: podemos ficar inertes e ver o nosso mundo desmoronar-se; ou podemos defender a natureza e tornar Montreal um momento equivalente ao vivido em Paris.
Contemplamos uma natureza em dificuldade. Por todo o Sul da Europa, deflagram grandes incêndios e as temperaturas atingem picos sem precedentes. A Amazónia aproxima-se de um ponto crítico, com ecossistemas fundamentais em risco de colapso cada vez mais iminente. As populações de espécies selvagens registaram, a nível mundial, uma queda de 60%. E grandes rios ficaram reduzidos a um pequeno curso de água. Isto é um terrível presságio para um futuro que temos de evitar.
A desflorestação e o aquecimento mundial são partes de um círculo vicioso: ao abater árvores, contribuímos para o aquecimento do planeta e, quando o planeta aquece, a natureza morre. Mas pode funcionar em ambos os sentidos. Se cuidarmos da natureza, esta absorve mais carbono e, ao reduzir as emissões, contribuímos para intensificar a vida na Terra.
Quando os cidadãos pensam em ação climática, o que lhes vem à cabeça é Paris. Num momento de magia, tudo se encaixou: ambições em sintonia com expectativas, um acordo verdadeiramente inédito e objetivos de alto nível com implicações reais para os cidadãos de todo o mundo.
A natureza precisa de momentos assim. É necessário um plano para reforçar a sua visibilidade, para salvaguardar e restabelecer os aspetos que nela mais apreciamos, bem como para pôr termo às práticas económicas que destroem o nosso planeta. Na 15.ª Conferência das Partes na Convenção sobre […]