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Exportações de produtos agrícolas em Moçambique cresceu em 125 ME no primeiro semestre – Governo

O Governo moçambicano anunciou hoje um incremento em 127 milhões de dólares (125 milhões de euros) nas exportações de produtos agrícolas no primeiro semestre deste ano, comparado com igual período de 2021.

“Foi registada uma evolução exponencial das exportações agrícolas de 183 milhões de dólares (180 milhões de euros) em 2021 para 310 milhões de dólares (305 milhões de euros) para igual período de 2022”, disse à comunicação social Filimão Suaze, porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, momentos após uma sessão do órgão em Maputo.

Segundo a fonte, o crescimento no volume das exportações resulta das estratégias adotadas no âmbito do Programa Sustenta, que tem como um dos principais objetivos reforçar a capacidade dos pequenos agricultores.

Entre as principais culturas que registaram um aumento significativo no volume de exportação nos primeiros seis meses deste ano destacam-se as leguminosas, amêndoas e oleaginosas, que são apontadas como as prioritárias na produção no quadro do Sustenta.

No período em alusão, segundo os dados do Governo, a exportação de culturas leguminosas passou de 14 milhões de dólares (13,7 milhões de euros) para 48 milhões de dólares (47 milhões de euros), a de amêndoas passou de 14 milhões de dólares (13,7 milhões de euros) para 69 milhões de dólares (68 milhões de euros) e a de oleaginosas subiu de 44 milhões de dólares (43 milhões de euros) para 80 milhões de dólares (79 milhões de euros).

“Por conta desta evolução, o défice da balança comercial situou-se em cerca de 30 milhões de dólares (29,5 milhões de euros), bastante influenciado pela importação alimentar e de trigo”, frisou o porta-voz do Conselho de Ministros.

Numa nota enviada hoje à Lusa, o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Moçambique considera que os resultados atingidos têm impacto direto nos preços dos principais produtos da cesta básica das famílias moçambicanas, com destaque para arroz, milho e farinha de milho, esperando que se mantenha “tendência de estabilidade”, apesar da conjuntura adversa face à inflação global.

Como forma de resistir aos altos índices de pobreza e à desnutrição crónica, a maior parte da população moçambicana, que vive em zonas rurais, recorre à agricultura de subsistência como único meio de sobrevivência.

O programa “Sustenta”, lançado em 2017, tem sido a principal aposta do Governo moçambicano últimos tempos, tendo como principal objetivo o reforçar a capacidade dos pequenos agricultores para impulsionar a industrialização.


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