Apenas 3% da área florestal no continente é pública, sendo 84% de propriedade privada. Significa isto que os recursos preventivos do Estado estão grandemente ao serviço dos proprietários privados, muitos fugindo ao cumprimento de medidas preventivas de incêndio.
O texto foge à redundância, face à profusão noticiosa sobre os incêndios que dilaceraram o nosso país, ameaçaram vidas, destruíram casas, devastaram plantações e depauperam magros patrimónios, não dando tréguas aos incansáveis populares e corajosos bombeiros de Portugal e tripulantes de meios aéreos, com a perda de duas vidas no registo.
O presente escrito também acolhe as divulgadas políticas oficiais sobre o ordenamento florestal, assentes em conhecimento científico sólido e reconhece que algo foi feito desde a tragédia de Pedrógão Grande em 2017. Questão é que a sua eficácia não tem sido sentida.
A origem de incêndios florestais é sobejamente […]