O índice de preços dos alimentos da FAO desceu para 140,9 pontos em julho, menos 8,6% do que em junho, graças principalmente a uma redução dos preços dos óleos vegetais e dos cereais, foi hoje anunciado.
A FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura informou hoje que este foi o quarto declínio mensal consecutivo do índice, que reflete a variação mensal dos preços internacionais de um cabaz dos produtos alimentares mais transacionados, depois de ter atingido um pico em março na sequência da invasão da Ucrânia.
No entanto, o índice da FAO ainda estava em julho 13,1% acima do nível de julho de 2021 (124,6 pontos).
Em julho, o índice de preços do óleo vegetal da FAO diminuiu 19,2% em relação a junho, marcando o nível mais baixo em 10 meses, mas ainda estava 10% acima do seu nível de julho de 2021.
Os preços dos cereais caíram 11,5% em julho face a junho, mas permaneceram 16,6% acima do valor de julho de 2021.
Os preços de todos os cereais diminuíram, a começar pelo trigo (-14,5%), graças principalmente ao acordo alcançado entre a Ucrânia e a Rússia para desbloquear as exportações dos principais portos do Mar Negro e também à disponibilidade sazonal devido às colheitas em curso no hemisfério norte.
Os preços do açúcar caíram 3,8% face a junho devido às preocupações com as perspetivas da procura como consequência de expectativas de um novo abrandamento da economia global em 2022, ao enfraquecimento do real brasileiro e à descida dos preços do etanol, que levou a uma produção de açúcar no Brasil mais elevada em julho do que anteriormente prevista.
Os produtos lácteos recuaram 2,5% em relação a junho, face à fraca atividade comercial, mas permaneceram 25,4% acima dos valores de julho de 2021.
Em julho, o índice de preços da carne também diminuiu 0,5% em relação a junho, devido ao enfraquecimento da procura de importações de carne de bovino, ovino e suíno, mas ficou 8,6% acima do nível de julho de 2021.