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Produtores de citrinos da África do Sul queixam-se de novas restrições da UE

Produtores de citrinos da África do Sul acusaram a União Europeia (UE) de impor novas medidas de armazenamento a frio “sem base científica” para limitar a entrada da fruta sul-africana na Europa.

“Não há dados disponíveis que indiquem que a África do Sul é um risco real para a Europa”, adiantou Hendrik Warnich, um dos principais produtores de citrinos no Cabo Ocidental.

O produtor sul-africano, citado pela imprensa local, sublinhou que este setor agrícola na África do Sul tem medidas de controlo de qualidade “muito rigorosas” para as suas exportações de citrinos, acrescentando que a nova diretiva europeia imposta aos agricultores sul-africanos coloca-os ainda mais sob pressão financeira.

Em causa está uma nova medida anunciada recentemente pela UE, que passou a exigir que os citrinos provenientes da África do Sul sejam submetidos a processos de tratamento em frio extremo prévio por períodos específicos antes da sua entrada no mercado europeu, como forma de se evitar aparentemente a “infestação de traças” na fruta.

Todavia, este processo de armazenamento a frio já é feito na África do Sul antes da exportação da fruta para mercados exigentes como o do Médio Oriente, segundo os operadores sul-africanos.

De acordo com a imprensa sul-africana, o Governo de Pretória terá apresentado uma queixa comercial junto da Organização Mundial do Comércio contra a medida da UE.

As exportações de citrinos da África do Sul registaram um crescimento na receita na ordem dos 8 mil milhões de rands (471 milhões de euros), em 2014, para pouco mais de 30 mil milhões de rands (1,7 mil milhões de euros) no ano passado, segundo a imprensa sul-africana.


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