O diretor de comunicação da Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil aponta “erros de casting” nos meios aéreos, enquanto que Miguel Almeida, investigador sénior do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, discorda com os críticos.
O incêndio na Serra da Estrela já lavra desde sábado e surgem cada vez mais críticas em relação à ação da Proteção Civil. Mas afinal, há falhas, ou não, no combate às chamas?
A Renascença procurou a resposta junto de dois especialistas, mas as opiniões divergem. Há quem aponte falhas e há quem sustente que a estratégia de combate ao incendio da Serra da Estrela tem sido globalmente correta.
Quem aponta falhas é o diretor de comunicação da AsproCivil, a Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil. Jorge Carvalho da Silva diz que este incêndio, pelas características da serra, exige muitos mais meios aéreos, e que tem havido “alguns erros de casting”.
“Há alguns erros de ‘casting’ com meios aéres, como paragens por falta de combustível durante tempos intermináveis, inspeções a meio do combate quando deveriam ter sido feitas antes da época dos incêndios. Tudo isto atrasa. Se tivermos um carrossel bom de meios áereos a acalmar as chamas, é mais fácil o bombeiro travar uma chama que chega curta”, começa por dizer.
Jorge Carvalho da Silva diz que, pela topografia do território, é um incêndio que exige […]