Incêndio na Serra da Estrela: o que se salvou e o que se perdeu no concelho de Manteigas

Populares queixam-se da estratégia de combate às chamas.

O incêndio consumiu quase metade do concelho de Manteigas, mas salvaram-se alguns dos pontos turísticos e naturais mais valiosos. O bosque das faias, conhecido pelos trilhos no meio da Serra da Estrela, resistiu ao fogo.

Só ao sétimo dia de incêndio é que foi possível entrar no bosque em segurança. À medida que se percorre os caminhos ainda encontramos bombeiros e vigilantes do instituto de conservação da natureza. O solo que ardeu ainda está quente e pode haver reativações.

A importância do que nos rodeia também justifica a atenção. É área protegida, classificada internacionalmente, com espécies pouco vistas em Portugal.

Por agora, que as coisas estão mais calmas, é possível perceber que se perdeu 5% das faias – uma espécie da família dos castanheiros. Todas estas árvores foram plantadas uma a uma pelos serviços florestais de Manteigas. As mais antigas têm perto de 150 anos.

Salvou-se o bosque, mas não a envolvência – que era considerada o pulmão da Serra da Estrela.

No centro da vila de Manteigas, ninguém percebe como é que se deixou o fogo chegar aquela encosta. No resto do concelho, o Vale Glaciário do Zêzere e a pista de ski foram destruídos em parte.

Os restantes pontos turísticos de Manteigas, como o Poço do Inferno ou o Covão da Ametade, permanecem intactos.

Veja a reportagem na SIC Notícias.


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