Líder ou seguidor? – Bruno Estevão

Julgo que será consensual que a gestão do conhecimento a nível empresarial não se trata duma tarefa simples de assegurar, sendo certo que nos dias de hoje tem de ser tida em conta. Essa preocupação assinalará certamente a diferença entre uma empresa que pontualmente tem “um ano bom” de outra que, por regra, está acima da média.

Vamos por partes.

A gestão do conhecimento compreende várias fases. Antes de tudo há que promover/estimular dentro da empresa a sua criação, e este é o maior desafio para os líderes empresariais. Seguir-se-ão outas fases que permitirão a sua integração, partilha e utilização.

É extremamente importante que toda a informação seja transformada em conhecimento. Não nos podemos fiar somente na memória nem permitir que a informação esteja concentrada numa só pessoa. Informação mal gerida, ou seja, não transformada em conhecimento, apenas fará com que erros se repitam. Não será necessário frisar o quão caro se pagam os erros…

Uma boa gestão do conhecimento refletirá certamente uma vantagem competitiva, e só quando aplicada se poderá pensar em diferenciação, ou seja, uma empresa procura ser única no seu sector de atividade, com uma consequente valorização do serviço/produto junto do consumidor. Há que ter em conta a pouca sustentabilidade de se ser somente mais um entre muitos. Apenas através da boa aplicação do conhecimento, da eficiência e da inovação/diferenciação se poderá encarar o futuro com otimismo.

O ávido leitor certamente estará a questionar o que impede outros de copiarem. Resposta é simples: nada!

Mas tenham em atenção. Essa diferenciação deverá ser entendida como algo contínuo. E cada vez que se chega a um serviço/produto diferenciador deve-se encarar tal como mais um passo para o próximo. A estagnação é um perigo. O que outros possam imitar será semelhante, porventura até uma fiel cópia, mas não sustentada com o conhecimento, com a experiência e só por isso, mais frágil. Sempre se disse que “candeia que vai à frente alumia duas vezes”. E para se ir à frente é necessário possuir determinação, perseverança, coragem, iniciativa, sentido de antecipação e de oportunidade e claro, uma boa gestão do conhecimento. Infelizmente é algo comum uma empresa chegar a um ponto diferenciador e estagnar, e logo outra surge e aproveita uma boa ideia tornando em algo ainda melhor.

A melhor conclusão que podemos tirar é que para haver diferenciação, tem de haver conhecimento. Somente as empresas que encararem este processo como algo contínuo e sem fim definido, poderão sentir-se mais seguras para os tempos que se avizinham. Cabe a cada um de nós escolher a mentalidade que determinará o nosso percurso, e daí pergunto: quer ser líder ou quer ser seguidor?

Bruno Estevão
Coordenador Técnico Hortoindustriais

AGROMAIS – Entreposto Comercial Agrícola, C.R.L

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