As bacias do Barlavento algarvio, com 9,8%, e do Lima, com 18,4%, eram as que tinham no final de agosto a menor quantidade de água armazenada no continente, o que sucede pelo menos desde outubro do ano passado.
Segundo dados do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), as médias de armazenamento para o mês de agosto são nas bacias do Barlavento e do Lima de 59,7% e de 60%, respetivamente.
No final de agosto estavam também com menor disponibilidade de água as bacias do Cávado (33,9%), Sado (35,3%), Mira (36,2%), Arade (39,8%), Oeste (47,5%), Tejo (47,8%), Ave (50,8%) e Douro (51%).
Já as bacias do Guadiana (62,3%) e do Mondego (67,2%) eram as que tinham os níveis mais elevados.
Trinta e duas das 60 albufeiras monitorizadas tinham, no final de agosto, disponibilidades hídricas inferiores a 40% do volume total, enquanto três apresentavam valores superiores a 80%, segundo o SNIRH.
No último dia do mês de agosto e comparativamente ao mês anterior verificou-se um aumento do volume armazenado em uma bacia hidrográfica e uma descida em 11.
Os armazenamentos de agosto de 2022 por bacia hidrográfica apresentam-se inferiores às médias de armazenamento de agosto (1990/91 a 2020/21), exceto para a bacia do Arade.
A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.
De acordo com o índice meteorológico de seca (PDSI) do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a 31 de julho todo o país estava em situação de seca meteorológica, verificando-se uma aumento da área na classe de seca extrema.
No final do mês de julho, 55% do território estava na classe de seca severa e 45% em seca extrema.
Segundo o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.