O Brasil registou um excedente de 4,19 mil milhões de euros na sua balança comercial em agosto, menos 48% do que no mesmo mês do ano passado, informou na quinta-feira o Ministério da Economia.
O saldo positivo em agosto foi também inferior ao de julho deste ano (5,47 mil milhões de euros), menos de metade do de junho e o mais baixo dos últimos sete meses.
O excedente de agosto foi o resultado da diferença entre as exportações de cerca de 30 mil milhões de euros, o segundo maior do ano, e as importações de cerca de 26 mil milhões de euros, o maior na história do país.
A forte queda no saldo positivo deveu-se ao facto de as importações terem saltado 30,5% em relação a agosto de 2021.
Segundo o Ministério, a deterioração foi causada pela queda acentuada do preço internacional do ferro, um dos principais produtos de exportação do Brasil, e pelo aumento do preço dos fertilizantes, dos quais o país é um importante comprador internacional e que subiu em resultado da guerra na Ucrânia.
As exportações do setor agrícola nos primeiros oito meses do ano cresceram 30,3% para 53 mil milhões de euros, e as da indústria aumentaram 30,5% para 120 mil milhões de euros, mas as exportações mineiras caíram 10% para 50 mil milhões de euros.
A China continuou a ser o principal destino das exportações brasileiras, com 64 mil milhões de euros em oito meses, seguida da União Europeia 33 mil milhões de euros, dos Estados Unidos (24,5 mil milhões de euros) e da Argentina (cerca de 10 mil milhões de euros).
Mas as exportações para a China caíram 3,3% no período, enquanto as para a UE saltaram 36%, as para a Argentina 34,1% e as para os EUA 27,1%.
O governo espera que o Brasil termine 2022 com exportações recorde de 349 mil milhões de euros e importações de 268 mil milhões de euros.