Em agosto, esgotou-se a água disponível em diversos poços, minas e nascentes, outrora utilizada na rega de culturas permanentes e temporárias. Em simultâneo, os valores médios da temperatura máxima superaram claramente os da normal climatológica.
A rarefação da oferta alimentar nas pastagens de montanha obriga os animais a maiores deslocações. A distribuição, a título extraordinário, de forragens conservadas tem sido inevitável na maioria das explorações. Esta necessidade, associada à contração da disponibilidade de recursos forrageiros, deixa antever dificuldades acrescidas na alimentação do efetivo animal nos períodos de carência que se seguem, nomeadamente no Inverno.
O início da colheita de diversos frutos (uva para vinho, incluído) foi antecipado, em muitas zonas, suscitando o ajustamento do funcionamento das respetivas estruturas de transformação e armazenamento. Estamos perante um cenário desolador, levando à revisão em baixa das produtividades e, consequentemente, das produções globais referentes à maioria dos produtos. Também se perspetiva a obtenção de produtos de menor qualidade.
Face a este cenário é cada vez mais premente repensar as estratégias de adaptação e mitigação dos efeitos das alterações climáticas, nomeadamente no aumento da capacidade de armazenamento das águas superficiais e da eficiência da rega.
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Fonte: DRAP Norte