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Agricultores brasileiros utilizam criptomoeda como proteção para preços dos fertilizantes

Alguns agricultores estão a utilizar a criptomoeda Cibra Coin como proteção (operação de hedge) contra a subida dos preços dos fertilizantes no mercado internacional. De acordo com o portal Cointelegraph Brasil, foram emitidas três mil unidades do criptoativo, equivalentes a mil toneladas cada de fertilizante fosfatado, cloreto de potássio e ureia, comercializados pela Cibra.

A Cibra é uma das maiores empresas de fertilizantes do Brasil e lançou a criptomoeda poucas semanas antes da invasão da Ucrânia pela Rússia. Os produtores que detêm a Cibra Coin podem trocá-la pela quantidade correspondente de fertilizantes diretamente em qualquer uma das 11 unidades de distribuição da empresa no Brasil.

A moeda permite ao agricultor adquirir o fertilizante a preço presente, garantindo flexibilidade no que diz respeito à retirada do produto.

Numa reportagem para o Valor Econômico, o diretor financeiro da Cibra, Raphael Nezzi, declarou que os primeiros adeptos da Cibra Coin estão a preferir utilizá-la como investimento financeiro.

Segundo o responsável, a queda recente dos custos dos fertilizantes meses após o início da guerra possivelmente terá levado os detentores dos tokens a mantê-los, à espera de uma eventual nova onda de alta.

A empresa declara que não há risco de faltar produtos para entrega, mesmo se todos os proprietários da Cibra Coin resolverem trocá-las por fertilizantes simultaneamente, face à produção anual da empresa na ordem dos dois milhões de toneladas.

O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.


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