PSD, CDS-PP e PPM pretendem criar um sistema de gestão dos plásticos usados na agricultura dos Açores para incentivar a economia circular num setor que produz cerca de 1800 toneladas de resíduos por ano, foi hoje anunciado.
Numa conferência de imprensa realizada na delegação do parlamento açoriano em Ponta Delgada, a deputada regional do PSD Vitória Pereira avançou que os partidos que integram o Governo dos Açores vão submeter, na Assembleia Legislativa Regional, um projeto de resolução que recomenda ao executivo a “criação de um mecanismo de gestão de plásticos do fluxo agrícola”.
“Atendendo a que a agricultura representa 10% do valor acrescentado bruto na economia dos Açores, importa avaliar a necessidade da criação de um sistema de gestão de resíduos agrícolas na Região Autónoma dos Açores”, declarou.
A deputada disse que são produzidas cerca de 1.800 toneladas de resíduos por ano na agricultura, agropecuária e silvicultura, defendendo que “devem ser melhor aproveitados através de uma recolha mais eficiente”.
“Propomos ao Governo Regional [de coligação PSD/CDS-PP/PPM] que elabore um levantamento e caracterização sobre a gestão dos resíduos do fluxo agrícola na região, assinalando as áreas prioritárias de acordo com a especificidade de cada ilha e cada concelho”, destacou.
Os plásticos mais utilizados no setor agrícola são os filmes plásticos, os fios e redes, os rolos de silagem, as mangueiras, os tubos de irrigação e os sacos de rafia de polipropileno, disse.
A social-democrata defendeu que aqueles materiais plásticos devem “ser inseridos no sistema integrado de gestão de resíduos de embalagens”.
“Com esta resolução pretende-se precisamente inclui-los [os resíduos plásticos] neste sistema, incentivando a economia circular, promovendo a sustentabilidade e proteção do meio ambiente”, vincou.
Vitória Pereira acrescentou, quando questionada, que “nesta fase não” estão previstos incentivos aos agricultores no âmbito do sistema proposto.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo Chega).