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Ilha Graciosa celebra 15 anos de Reserva da Biosfera da Unesco

A ilha Graciosa, nos Açores, celebra 15 anos de Reserva da Biosfera da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), de sexta-feira a domingo, com palestras, música e passeios, foi hoje anunciado.

Asegunda ilha mais pequena do arquipélago dos Açores, com uma área de cerca de 61 quilómetros quadrados, é Reserva da Biosfera da Unesco desde 2007.

A classificação, a terceira em Portugal, abrange toda a área territorial e uma zona marinha envolvente da ilha, que integra o grupo central dos Açores.

Para celebrar os 15 anos da classificação, o Governo Regional dos Açores, em colaboração com o Conselho de Gestão da Reserva da Biosfera da Ilha Graciosa e o apoio de autarquias locais, bem como de outras entidades públicas e privadas, organiza vários eventos durante três dias.

As comemorações arrancam na sexta-feira, com o ‘webinar’ “Um território, duas classificações Unesco”, que decorre entre as 10h30 e as 12h00 locais (menos uma hora do que em Lisboa), seguindo-se uma ação de limpeza de resíduos na orla costeira, às 15h30.

No sábado, às 09h30, tem início um passeio de bicicleta, pela rota dos geossítios, entre a Caldeirinha de Pêro Botelho e o Centro de Santa Cruz.

Para domingo, dia em que se assinala o aniversário da classificação, estão previstas várias palestras na Praça Fontes Pereira de Melo, que acolhe uma mostra de produtos “Biosfera Açores”, entre as 14h00 e as 18h00.

O secretário regional do Ambiente e Alterações Climáticas dos Açores, Alonso Miguel, é o primeiro a intervir, às 14h30, falando sobre os “15 anos de Reserva da Biosfera da Graciosa”.

Segue-se uma intervenção do gestor do projeto nacional “Reservas da Biosfera — Territórios Sustentáveis, Comunidades Resilientes”, António Abreu, sobre “As Reservas da Biosfera e o desenvolvimento regional”.

A proprietária da empresa Queijadas da Graciosa, Sara Félix, dá também o seu testemunho sobre o papel que a marca Biosfera Açores teve no desenvolvimento do seu negócio.

Às 15h30, há uma burricada para apresentação da raça autóctone burro anão, seguindo-se ateliês sobre resíduos urbanos, a Reserva da Biosfera e a cultura do milho e um ‘workshop’ infantil.

As comemorações encerram às 17h30 com o concerto do grupo ComCordas.

Na página da Internet das Reservas da Biosfera de Portugal são realçadas as características naturais, o património cultural e a forte tradição musical da ilha Graciosa.

“A origem vulcânica destaca-se na ocorrência de águas termais e num dos ex-líbris da Graciosa: a Furna do Enxofre, uma cavidade localizada no interior da caldeira da Graciosa. Ao largo do único areal existente na ilha emerge o Ilhéu da Praia, lugar de nidificação de diversas colónias de aves marinhas, de importância ecológica muito elevada”, lê-se.

As Reservas da Biosfera são territórios designados pela UNESCO pelo seu património natural e cultural, e têm um papel relevante na conservação da biodiversidade, em harmonia com o desenvolvimento sustentável.

Portugal tem 12 Reservas da Biosfera da Unesco, seis no continente (Paul do Boquilobo, Gerês-Xurés, Tejo-Tajo internacional, Meseta Ibérica, Castro Verde e Berlengas), quatro no arquipélago dos Açores (ilha do Corvo, ilha da Graciosa, ilha das Flores e Fajãs de São Jorge) e duas no arquipélago da Madeira (Santana-Madeira e ilha do Porto Santo).

O Paul do Boquilobo foi a primeira reserva classificada em Portugal, seguindo-se as ilhas do Corvo e da Graciosa.


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