vinho

Vinho do Porto usa ‘cocktails’ para se promover e rejuvenescer consumidores em França

A Embaixada de Portugal em França uniu-se à Federação das Grandes Marcas do Vinho do Porto em França para uma noite onde o vinho do Porto foi usado como base para diferentes ‘cocktails’, visando a sua promoção junto de consumidores jovens.

O público que encheu na quinta-feira à noite a Embaixada de Portugal no 16.º bairro de Paris não é o público habitual das cerimónias com pompa e circunstância que decorrem no Palácio Levy. Jovens com roupas descontraídas conversavam animadamente nos salões nobres e jardins, enquanto um DJ colocava música.

O ambiente fazia parte da promoção dos vinhos do Porto junto de um público mais jovem francês e para esta iniciativa foram convidados jovens criadores de conteúdos que reproduziram nas redes sociais esta noite de exceção, assim como as receitas que os diferentes ‘barmans’ e ‘barmaids’ iam elaborando ao longo da noite.

“O vinho do Porto é muito conhecido em França, mas estamos a tentar mostrar toda a sua riqueza e diversidade. É um vinho muito conhecido como aperitivo ou para acompanhar uma refeição, mas pouco conhecido para utilizar em ‘cocktails’ e queremos mostrar aos jovens franceses novas formas de consumir este vinho”, explicou Sylvia Bernard, a nova presidente da Federação das Grandes Marcas do Vinho do Porto, em declarações aos jornalistas.

A França é o maior destino de exportação do vinho do Porto, consumindo anualmente 18 milhões de litros, gozando de “uma boa imagem”, associada a Portugal, mas que precisa de ser atualizada.

“O objetivo principal é conseguir chegar a um público diferente. O vinho do Porto precisa dar um salto a nível de perfil de consumidor, chegar a um público mais jovem e massificado, que consuma e comece a gostar de vinho de Porto”, indicou Eduardo Henriques, diretor da representação da AICEP em França.

Várias marcas estiveram presentes nesta mostra, como Porto Cruz, Andresen, Churchill’s, Dalva ou Sandeman, utilizando os seus vinhos de forma inusitada, aliando-os a citrinos, introduzindo-os em ‘cocktails’ tradicionais ou associando-os a outras bebidas como vodka ou gin.

“O principal objetivo é chegar a mais gente, portanto quantidade, e eu acho que a quantidade traz a qualidade. Há um gosto que se educa, há muito trabalho formativo para chegar a outros públicos. Esta é uma forma de entrar no vinho do Porto”, declarou Eduardo Henriques.

A aposta é continuar a mostrar todas as dimensões do vinho do Porto junto dos cavistas franceses, mas também promover este vinho junto de baristas e de proprietários de restaurantes, assim como uma forte presença nas redes sociais, de forma a atingir novos mercados.


Publicado

em

,

por

Etiquetas: