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Sogrape investe em sensores de luz para controlo de maturação

A Sogrape e o International Iberian Nanotechnology Laboratory (INL) vão partilhar a patente, já registada, de um sensor autónomo e miniaturizado que usa luz para medir, em tempo real, a maturação das uvas. A patente, registada em vários países, é a primeira de base científica da Sogrape, numa altura em que assinala o seu 80º aniversário.

Segundo explicado em comunicado, sem necessidade de retirar amostras na vinha nem fazer análises num laboratório, o sensor analisa a luz que é reemitida pelos tecidos da uva e que varia conforme os teores em açúcares e ácidos orgânicos aí existentes. Durante a maturação, os teores em açúcares aumentam e os de ácidos orgânicos diminuem.

“A inovação do desenho reside na forma de fixação dos sensores no cacho de uvas e na capacidade de poder analisar vários bagos ao mesmo tempo, o que permite ter uma visão representativa da variação que existe não só dentro de cada cacho, mas entre cachos e entre videiras na mesma vinha, dando ao viticultor e ao enólogo uma visão precisa de como a maturação ocorre em cada local, em tempo real”, declara a empresa.

A Sogrape antevê uma comercialização a preços acessíveis quando a sua produção for feita em série face à simplicidade do conceito registado e à utilização de microcomponentes optoelectrónicos de precisão na sua construção. A patente está registada na União Europeia, Reino Unido, EUA, África do Sul, China e Austrália, e estando em curso de registo na Nova Zelândia e Chile.

“Com este acordo de partilha de patente, resultado de cinco anos de trabalho conjunto entre o INL e a Sogrape, abrimos caminho para um plano de exploração de propriedade intelectual mais consolidado e levamos a Internet das Coisas (IoT) às vinhas – a verdadeira a “sensorização” in loco”, afirma o diretor-geral interino do INL, Paulo Freitas.

Este projeto resulta da parceria continuada com o INL, iniciada em 2015, para exploração de oportunidades de tecnologias emergentes, como a microeletrónica e nanotecnologia, para o setor vitivinícola.

O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.


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