De acordo com os dados sobre as reservas de água em Espanha atingiu-se o valor mais baixo em 27 anos. A escassez de água acentua-se mais nas albufeiras partilhadas pelos dois países ibéricos: Minho, com 45,1 por cento; Douro, com 30 por cento; Tejo, com 35,9 por cento e Guadiana, com 23,7 por cento.
O aparecimento de centenas de peixes mortos, sobretudo carpa, o barbo e o lúcio, na albufeira da barragem de Almendra, num afluente do rio Douro, na sequência na descarga brusca de 200 hectómetros cúbicos (hm3) de água para Portugal, “obrigou” o Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico (Miteco) a travar a prevista “transferência hidrológica” para Portugal.
A descarga foi iniciada no dia 15 de Setembro para decorrer até 30 de Setembro, o volume de água represado estava reduzido dos 861 hm3. Com a paragem da descarga, na passada segunda-feira, o nível de armazenamento na barragem de Almendra, a terceira maior de Espanha com capacidade para receber 2648 hm3, ficou reduzido a 661 hm3. Ficaram por enviar para Portugal cerca de 200 hm3, que ficaram retidos nesta barragem.
Os dois países ibéricos divulgaram esta quarta-feira uma “declaração conjunta” que confirma a paragem das transferências das águas do Douro, operação que acabou por se traduzir na morte de centenas de peixes e nos protestos das populações e dos agricultores espanhóis que […]